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Fed aumenta taxas de juros nos EUA em meio a turbulência bancária e inflação elevada

Nesta quarta-feira (22), o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, aumentou as taxas de juros do país para uma faixa de 4,75% a 5%, uma alta de 0,25 ponto percentual. A decisão segue a expectativa do mercado financeiro e foi tomada em meio a uma turbulência no sistema bancário norte-americano.

De acordo com o comunicado divulgado pelo Fed, a quebra dos bancos médios Silicon Valley Bank e Signature Bank, além da crise enfrentada pelo First Republic Bank, que recebeu socorro bilionário de outros 11 bancos, pode resultar em condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas, impactando a atividade econômica, as contratações e a inflação.

Apesar dos indicativos de um crescimento modesto de gastos e da produção, o Fed destacou que a inflação do país segue elevada, com emprego em alta e em “ritmo robusto”. A decisão do banco central americano busca alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo.

O Comitê permanece altamente atento aos riscos de inflação e antecipa que alguma consolidação de política adicional pode ser apropriada para alcançar uma postura de política monetária que seja suficientemente restritiva para retornar a inflação a 2% ao longo do tempo. O Comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito em seus planos anunciados anteriormente.

A decisão de aumentar as taxas de juros foi votada a favor por Jerome H. Powell, presidente; John C. Williams, vice-presidente; Miguel S. Barr; Michelle W. Bowman; Lisa D. Cook; Austan D. Goolsbee; Patrick Harker; Filipe N. Jefferson; Neel Kashkari; Lorie K. Logan; e Christopher J. Waller.

Ainda segundo o comunicado do Fed, o Comitê continuará a acompanhar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas e estará disposto a ajustar a orientação da política monetária conforme adequado se surgirem riscos que possam impedir a consecução dos objetivos do Comitê. As avaliações do Comitê levarão em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, as pressões e expectativas de inflação e os desenvolvimentos financeiros e internacionais.

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