A popular cantora britânica Lily Allen, uma das principais artistas lançadas pela internet, afastou-se das redes sociais para tratar de um transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) recém-diagnosticado. Embora tenha sido um choque para seus fãs, Allen revelou que o TDAH é uma condição que corre em sua família e que o diagnóstico foi feito nos Estados Unidos, onde os transtornos são levados mais a sério. Embora seja mais comum em crianças até 12 anos, o TDAH pode afetar adultos, e estima-se que cerca de 60% das crianças e adolescentes com o transtorno entrem na vida adulta com alguns sintomas. Cerca de 2 milhões de adultos no Brasil sofrem com os sintomas do TDAH, especialmente aqueles que não são diagnosticados adequadamente.
TDAH é a sigla para Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, uma condição neuropsiquiátrica que afeta a capacidade de atenção, concentração e controle dos impulsos. O TDA (Transtorno do Déficit de Atenção) é uma variação do TDAH, que apresenta os sintomas de desatenção, mas não inclui a hiperatividade e impulsividade.
O TDAH é mais comum em crianças e adolescentes, mas pode persistir na vida adulta. Os sintomas incluem dificuldade de concentração, distração, esquecimento, impulsividade, inquietude, agitação, entre outros. A condição pode afetar negativamente a qualidade de vida do indivíduo em diversos aspectos, como no desempenho escolar, nas relações pessoais e no trabalho.
É importante ressaltar que o TDAH não é uma condição que possa ser curada, mas com o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Os sintomas do TDAH podem ser divididos em três categorias principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Os sintomas de desatenção incluem:
- Dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades;
- Dificuldade em seguir instruções ou terminar trabalhos escolares, tarefas ou obrigações no trabalho;
- Desorganização e dificuldade em gerenciar tarefas e atividades diárias;
- Evitar ou evitar tarefas que exigem esforço mental constante;
- Perder coisas necessárias para tarefas ou atividades, como chaves, documentos, telefones etc.
Os sintomas de hiperatividade incluem:
- Inquietação e movimentos excessivos, como balançar as pernas, se mexer na cadeira ou se levantar excessivamente;
- Dificuldade em ficar sentado em momentos que é necessário;
- Falar excessivamente e ter dificuldade em se envolver em atividades silenciosas;
- Agitação constante.
- Dificuldade em esperar a vez, interromper ou intrometer-se em conversas ou atividades;
- Tomar decisões impulsivas sem pensar nas consequências;
- Incapacidade de controlar as emoções, resultando em comportamentos inadequados em situações sociais.
Nem todos que têm TDAH apresentam todos esses sintomas, e a gravidade dos sintomas pode variar. O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde especializado.
O diagnóstico de TDAH é realizado por profissionais de saúde mental, como psiquiatras, psicólogos ou neurologistas. O processo de diagnóstico envolve uma avaliação clínica detalhada que pode incluir:
- Entrevista com o paciente e sua família para obter informações sobre os sintomas e sua gravidade, bem como a história médica e psiquiátrica do paciente.
- Avaliação do comportamento e desempenho acadêmico e social do paciente.
- Utilização de questionários e escalas de avaliação para ajudar a identificar e quantificar os sintomas do TDAH.
- Exclusão de outras condições médicas ou psiquiátricas que possam estar causando ou contribuindo para os sintomas.
Não há um exame de laboratório específico ou teste que possa diagnosticar TDAH. O diagnóstico é feito com base nos sintomas e na avaliação clínica do paciente. É importante lembrar que nem todos os sintomas de TDAH são exclusivos dessa condição e que a avaliação completa é necessária para fazer um diagnóstico preciso.
TDAH pode afetar significativamente o desenvolvimento de uma pessoa, especialmente quando não é identificado e tratado precocemente. O TDAH pode prejudicar a capacidade de uma pessoa de se concentrar, aprender, memorizar e executar tarefas diárias. Além disso, pode afetar a capacidade de uma pessoa de se relacionar com os outros, controlar emoções, gerenciar o tempo e organizar-se.
Se não for tratado, o TDAH pode levar a problemas na escola ou no trabalho, dificuldades no relacionamento com amigos e familiares, e problemas emocionais como ansiedade e depressão. Pessoas com TDAH também têm um maior risco de desenvolver transtornos de abuso de substâncias, como álcool e drogas. No entanto, com um tratamento adequado, muitas pessoas com TDAH podem aprender a gerenciar seus sintomas e levar uma vida plena e produtiva.
O tratamento para TDAH pode incluir terapia comportamental, medicação ou uma combinação de ambos.
A terapia comportamental pode ajudar a pessoa com TDAH a desenvolver habilidades de organização, gerenciamento de tempo e solução de problemas, além de melhorar suas habilidades sociais e de comunicação.
A medicação é geralmente prescrita para ajudar a controlar os sintomas de TDAH, incluindo hiperatividade, impulsividade e falta de atenção. Os medicamentos mais comuns para o TDAH são estimulantes, como metilfenidato e anfetaminas. Outros medicamentos, como atomoxetina, guanfacina e clonidina, também podem ser prescritos.
No entanto, é importante lembrar que o tratamento para TDAH deve ser individualizado e adaptado às necessidades específicas de cada pessoa. É importante trabalhar em estreita colaboração com um profissional de saúde mental para encontrar o melhor tratamento para cada caso.