O Ministério Público de Goiás deflagrou nesta terça-feira a segunda fase da Operação Penalidade Máxima, que investiga a manipulação de resultados no futebol brasileiro. Em entrevista coletiva, os promotores anunciaram que identificaram seis jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022 sob suspeita de manipulação.
Nove jogadores foram alvos de mandados de busca e apreensão, entre eles os zagueiros Victor Ramos, da Chapecoense, e Kevin Lomónaco, do Bragantino, o lateral-esquerdo Igor Cariús, do Sport, e o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS. Bruno Lopes de Moura, apostador detido na primeira fase da operação, foi preso em São Paulo.
Segundo os promotores, quatro dos cinco jogos suspeitos ocorreram na rodada 36 do torneio e as ofertas dos aliciadores variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Ainda não é possível afirmar se os jogadores de fato receberam dinheiro para adulterar os resultados, mas houve ofertas por parte de apostadores.
Além dos jogos da Série A, as autoridades também investigam partidas dos campeonatos estaduais de 2023. Foram cumpridos 20 mandados de apreensão em Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo, além de três prisões preventivas no estado paulista.
A investigação continua em andamento e novas informações devem ser divulgadas em breve. A Operação Penalidade Máxima reforça o compromisso das autoridades com a integridade do futebol brasileiro e com o combate à corrupção no esporte.