O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em visita a Portugal desde sexta-feira (21), foi alvo de dois protestos ontem, terça-feira (25). A primeira manifestação, organizada pelo partido de direita português “Chega”, ocorreu em frente ao prédio que abriga o parlamento português. Centenas de manifestantes seguravam cartazes com montagens de Lula na prisão e frases como “Tolerância zero para a corrupção” e “Lugar de ladrão é na cadeia”. Os gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” ecoaram pelos arredores, em uma cena de tensão e indignação.
Mas os protestos não pararam por aí. Durante o discurso de Lula no parlamento português, parlamentares do partido “Chega” também se apresentaram em protesto. Eles empunhavam cartazes com frases contra a corrupção, em uma clara demonstração de repúdio ao presidente brasileiro.
A situação ficou ainda mais tensa quando outros parlamentares se juntaram aos manifestantes. Lula, ficou em silêncio até que a movimentação cessasse. O presidente do Parlamento português, Santos Silva, do Partido Socialista, interviu “Chega de insultos, chega de envergonhar as instituições, chega de envergonhar o nome de Portugal” disse o parlamentar português, em uma tentativa de conter o caos que se instaurou naquele momento.
A visita de Lula a Portugal, deveria ser um momento de diálogo e troca de experiências, mas foi marcado por protestos ferozes dos cidadãos portugueses. As cenas de confronto e tensão são uma clara demonstração da polarização política que vem afetando não só o Brasil, mas também outros países ao redor do mundo. Enquanto Lula tenta se posicionar como uma liderança política progressista, os protestos dos portugueses mostram o tanto que o presidente ainda é uma figura polêmica e controversa.
Diante de toda essa turbulência, uma coisa é certa: a visita de Lula a Portugal está longe de passar despercebida. A batalha política e ideológica está em pleno vapor, e a legibilidade do presidente brasileiro em solo estrangeiro ainda é alvo de intensos debates.