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Crise no Sudão dificulta retirada de estrangeiros e acesso a ajuda humanitária

A situação no Sudão tem se deteriorado desde o início dos conflitos em 15 de abril, quando o Exército e as Forças de Apoio Rápido (RSF) entraram em confronto. Mais de 500 pessoas foram mortas e mais de 4 mil ficaram feridas, enquanto mais de 100 mil foram forçadas a fugir pelas fronteiras do Egito, Chade, Djibuti e Eritreia.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, 27 cidadãos brasileiros se encontravam no Sudão quando os conflitos eclodiram. Até o momento, apenas três deles ainda aguardam para sair do país. Esses brasileiros foram transportados para uma localidade de menor risco relativo, onde aguardam a retirada em segurança.

Vários países, incluindo Indonésia, Estados Unidos e Turquia, têm realizado operações especiais para retirar seus cidadãos do Sudão. No entanto, a crise humanitária no país tem dificultado a retirada de estrangeiros e o acesso a ajuda humanitária. Muitas pessoas estão confinadas em suas residências, sem água e alimentos suficientes.

Pessoas que fogem do Sudão devastado pela guerra fazem fila para embarcar em um barco de Port Sudan – Repodução: Jovem Pan News

Além disso, muitos países vizinhos, como o Sudão do Sul e o Chade, já enfrentavam graves problemas políticos e econômicos antes da crise sudanesa e têm dificuldade para atender sua própria população e refugiados que estavam em seus territórios.

Os conflitos são o ponto mais agudo de uma violenta disputa de poder entre o comandante do Exército, general Abdel-Fattah al-Burhan, e o líder do RSF, general Mohamed Hamdan Dagalo. Esses líderes, que já foram aliados, derrubaram o então presidente sudanês Omar al-Bashir em 2019, durante uma revolta militar que interrompeu um governo despótico que oprimia o Sudão há décadas.

A situação no Sudão é extremamente preocupante, e a comunidade internacional deve continuar a fornecer ajuda humanitária e apoiar os esforços de retirada de estrangeiros e refugiados. É necessário um esforço coordenado para ajudar a estabilizar a situação e evitar uma crise humanitária ainda maior.

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