A Caixa Econômica Federal está preocupada com o impacto dos registros de resgates da poupança nos financiamentos de imóveis. A caderneta de poupança, que é uma das principais fontes de recursos de crédito imobiliário do banco, teve um resgate total registrado de R$ 103,23 bilhões em 2022, o que tem levantado preocupações na instituição.
Para incentivar os brasileiros a usarem a poupança como ferramenta de investimento, a Caixa lançou uma campanha de incentivo em abril deste ano. No entanto, mesmo com a campanha, a caderneta de poupança registrou quarto mês seguido de saques líquidos em abril, somando R$ 6,25 bilhões, segundo dados do Banco Central.
A presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, explicou que a perda de recursos em poupança torna o investimento em habitação mais caro, já que o banco precisa buscar outras fontes de recursos mais caras para continuar financiando a habitação. Além disso, a mudança na forma como a remuneração do FGTS é comutável, que está sendo debatida no Supremo Tribunal Federal, também pode resultar em um encarecimento do investimento público em habitação.
A possível alteração na remuneração do Fundo pode ter um efeito colateral no mercado imobiliário, elevando o custo dos financiamentos. Isso ocorre porque muitas das operações que usam o saldo do FGTS contêm uma cláusula que estabelece que a atualização da dívida ocorreu mensalmente utilizando o mesmo coordenador de atualização que é aplicado às contas vinculadas do Fundo.