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O impasse do teto da dívida dos EUA – Uma semana tensa no Congresso

Desde que o acordo bipartidário para aumentar o teto da dívida dos Estados Unidos foi apresentado, a atmosfera em Washington tem sido tensa e incerta. Os republicanos de direita, em particular, estão manifestando forte resistência, o que coloca em risco a aprovação do projeto. Essa disputa política tem grandes repercussões, uma vez que os Estados Unidos correm o risco de ficar sem dinheiro para pagar suas contas.

O projeto de lei de 99 páginas está atualmente nas mãos do Comitê de Regras da Câmara dos Representantes, que o analisará nesta terça-feira antes das votações na Câmara e no Senado. Tanto o presidente democrata Joe Biden quanto o principal republicano no Congresso, o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, estão otimistas em relação à aprovação antes de 5 de junho, dados em que o Departamento do Tesouro dos EUA estima que o país espera sem dinheiro suficiente para cumprir suas obrigações.

No entanto, alguns membros da linha-dura do painel já anunciaram sua oposição ao projeto. O deputado Ralph Norman, do partido de direita House Freedom Caucus, afirmou que fará tudo o que puder para matar o projeto, argumentando que ele faz muito pouco para cortar gastos. Essa postura tolerada de membros conservadores, que representam uma minoria, mas têm influência considerável, coloca em risco a aprovação do acordo.

O impasse se torna ainda mais complexo quando consideramos o equilíbrio político dentro do próprio Comitê de Regras. Embora o painel esteja normalmente alinhado com a liderança da Câmara, McCarthy adicionou três membros conservadores em janeiro como condição para garantir o martelo do presidente. Esses membros têm o poder de bloquear o projeto antes mesmo de chegar ao plenário da Câmara.

Os democratas também têm um papel importante a cumprir nessa votação. Enquanto os quatro democratas no painel costumam votar contra a legislação apoiada pelos republicanos, não está claro se eles se oporão a um acordo elaborado por Biden. A deputada Mary Gay Scanlon, membro de um grupo moderado que apoia o acordo, ainda não se pronunciou oficialmente.

A meditação em relação à aprovação do projeto levanta preocupações quanto às possíveis crises. O atraso na subida do teto da dívida pode levar as agências de classificação a rebaixar a dívida dos EUA, o que teria efeitos no sistema financeiro global. Embora os mercados tenham inicialmente reagido positivamente ao acordo proposto, o impasse atual está gerando insegurança e volatilidade.

O projeto de lei em questão propõe suspender o limite da dívida dos EUA até 1º de janeiro de 2025. Além disso, estabelece restrições de gastos do governo nos próximos dois anos, acelera o processo de licenciamento de projetos de energia, recupera fundos não utilizados do COVID-19 e introduz requisitos de trabalho para programas de ajuda alimentar destinados a americanos pobres. Também retiraria parte do financiamento do Internal Revenue Service, embora a Casa Branca assegure que isso não afetará a tributação tributária.

O acordo representa um compromisso entre as partes envolvidas. Os republicanos argumentam que são necessários cortes drásticos de gastos para conter o crescimento da dívida nacional, enquanto os democratas buscam proteger os programas sociais essenciais. O projeto não aborda programas de crescimento rápido, como saúde e aposentadoria, o que pode gerar preocupações futuras sobre o controle desses gastos.

Por fim, é importante destacar que o acordo deixa intactas as prioridades do presidente Biden em relação à infraestrutura e às leis de energia verde. Os republicanos sabiam cortes de gastos e requisitos de trabalho menores do que esperavam. Embora o acordo seja um passo em direção à resolução do impasse, a polarização política e as divergências ideológicas continuam a desafiar os esforços para lidar com a dívida nacional.

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