Nesta quinta-feira (1), o mercado financeiro recebeu boas notícias, impulsionando o Ibovespa a uma alta de 0,38%, alcançando a marca de 108.746,83 pontos. O principal motivo para esse otimismo é o anúncio do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2023 (1T23), que superou as expectativas.
De acordo com o IBGE, o PIB cresceu 1,9% em relação aos três meses anteriores, ultrapassando a projeção de alta de 1,26% divulgada pela Focus na última segunda-feira (29). Além disso, no acumulado, o PIB apresentou um crescimento de 3,3% em comparação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Em relação ao primeiro trimestre de 2022, a alta foi ainda mais significativa, atingindo 4%.
Esse resultado positivo tem despertado o otimismo dos investidores, que demonstra maior confiança nos ativos de risco, em especial nas ações do setor agropecuário. Vale destacar que o setor registrou um crescimento expressivo de mais de 21% no 1T23 em comparação com o trimestre anterior. Já o setor de Serviços obteve um incremento de 0,6%, enquanto a Indústria apresentou uma pequena queda de 0,1%.
O desempenho favorável do setor agropecuário é atribuído ao bom rendimento dos produtos da lavoura, com uma safra relevante no primeiro trimestre, e à produtividade em geral, como apontado pelo IBGE. Destacam-se o crescimento estimado de 24,7% na produção anual da soja, principal cultivo do país, bem como o aumento na produção de milho, fumo e mandioca.
Além da repercussão do PIB, o mercado também reagiu à queda do dólar em relação ao real. Por volta das 10h30, a moeda americana registrou uma redução de 0,30%, cotada a R$ 5,04. Essa desvalorização do dólar também foi observada no DXY, índice que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas relevantes, o qual apresentou uma queda de 0,26%, atingindo 104,08 pontos. Essa tendência de queda do dólar reflete um movimento global de desvalorização da divisão.
Um evento importante que influenciou o mercado financeiro foi uma resolução aprovada na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, na quarta-feira, que suspendeu o teto da dívida. Essa medida visa evitar um possível calote nos créditos da maior economia mundial. O texto aprovado na Câmara prevê o cancelamento do mecanismo que limita a dívida do país, e agora segue para o Senado.
Neste contexto, a perspectiva é de um mercado acolhido e favorável aos investidores, impulsionado pelo crescimento do PIB acima do esperado e pelas medidas adotadas para evitar turbulências nas finanças norte-americanas. No entanto, é sempre importante lembrar que os mercados são dinâmicos e sujeitos a variações, portanto, é necessário acompanhar de perto os estímulos e as tendências futuras.