A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que é base do governo de Lula no Parlamento, revelou estar frustrada com o atual presidente e sua gestão, que completou seis meses. Em uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a parlamentar expressou descontentamento com as ações do governo e algumas preocupações com democracia e a ética na política.
Entre as principais críticas de Tabata Amaral está a questão do “orçamento secreto”. Ao desbloquear R$ 9 bilhões e iniciar a distribuição dessas verbas, Lula não apenas descumpriu a promessa de acabar com as emendas de relator, como também alimentou um sistema que carece de transmissão e prestação de contas. A deputada, que prioriza o combate à corrupção, acredita firmemente que tais práticas devem ser banidas do cenário político, independentemente do partido ou ideologia.
Outro ponto que trouxe a decepção a Tabata Amaral foi o elogio de Lula à ditadura de Maduro. Para a deputada, qualquer forma de ditadura, seja de direita ou esquerda, não pode ser recebida com honra. Essa postura preocupa a deputada, que teme a possibilidade de um retrocesso no país, retornando ao tipo de governo que ela acredita ter sido prejudicial ao Brasil.
A congressista também se manifestou sobre a falta de equidade de gênero nas nomeações de embaixadores para cargas no exterior. Segundo informações perdidas por Oeste, das 47 nomeações realizadas por Lula, apenas seis são mulheres. Tal desigualdade levou a um grupo de mulheres diplomatas a se manifestar, destacando a necessidade de maior representatividade e oportunidades iguais para mulheres na carreira diplomática.
Esses pontos de descontentamento não se limitam apenas à figura de Tabata Amaral. Antes dela, líderes do movimento negro já expressaram sua decepção com Lula, assim como militantes LGBT+ e feministas, que têm encontrado dificuldades para avançar com suas pautas no governo e notam uma falta de ação do presidente no Parlamento.
Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI+, por exemplo, demonstrou sua insatisfação ao não receber um ministério e solicitou a criação de um departamento no Ministério de Direitos Humanos com recursos financeiros adequados. Essa demanda enfatiza a importância de se promover políticas inclusivas que atendam às necessidades das diferentes comunidades.
Além disso, atores da globo expressaram sua frustração em relação à abordagem do presidente Lula e seu governo em questões ambientais, enfatizando que essa foi uma das principais agendas que levaram à eleição do atual presidente.
Podemos questionar se a deputada federal Tabata Amaral e companhia não teria visto o óbvio desde o início. Afinal, expressam frustrações com o presidente Lula e seu governo, destacando pontos que já eram amplamente discutidos antes mesmo das eleições.