Uma mãe denunciou um inspetor de alunos por maus tratos contra seu filho de apenas 4 anos na escola municipal Cyro de Athayde Carneiro, localizada no Morro da Nova Cintra, em Santos.
A mulher, que preferiu não se identificar, relatou ao Santa Portal que o comportamento do seu filho mudou nos últimos dias, levando-a a transferi-lo para outra escola.
Segundo o Boletim de Ocorrência registrado em 29 de junho, a mãe foi buscar seu filho na escola quando a professora a chamou para conversar dentro da sala, enquanto a criança brincava do lado de fora com os colegas.
Durante a conversa, uma outra mãe que veio buscar seu filho deixou a porta entreaberta, fazendo com que a criança ficasse sentada no corredor.
Enquanto conversavam, a mãe ouviu um adulto gritando e percebeu que se tratava do inspetor da escola.
Conforme o BO, ele estava gritando e gesticulando com a criança, dizendo: “Eu já falei uma vez e não vou repetir! Eu não quero você no corredor”.
Nesse momento, a mãe relata que seu filho ficou assustado e encolheu-se, colocando a cabeça entre as pernas.
Ela se dirigiu ao filho, repreendeu o inspetor e afirmou que sua atitude foi desnecessária.
Em seguida, eles foram embora.
A mãe registrou a ocorrência na escola, e o inspetor recebeu uma advertência.
No mesmo dia, quando o menino retornou para casa, sua roupa estava molhada, e ele disse que o inspetor o molhou de propósito.
Segundo o relato no BO, a criança afirmou que o inspetor apertou a torneira da mangueira com força.
A partir desse momento, a mãe percebeu que seu filho passou a ser tratado de forma diferente dos outros alunos.
“Presenciamos um ambiente hostil, com risadas, entre outras coisas.
Até mesmo a gelatina foi negada ao meu filho (gelatina congelada), sendo oferecida a todas as crianças, mesmo congelada”, relatou.
Após entrar em contato com a Secretaria de Educação (Seduc), a mãe notou que seu filho passou a apresentar um comportamento diferente em casa, falando incessantemente sobre o inspetor de alunos.
Segundo ela, a criança contava que as professoras diziam que o inspetor era bonzinho e se vestia bem.
Por fim, a criança mencionou que era constantemente chamada de bobo e tinha crises de choro.
Diante disso, a mãe decidiu transferir o menino para outra escola.
A Prefeitura de Santos, que emitiu uma nota informando que a equipe gestora da escola tomou todas as providências necessárias de forma rápida, ouvindo os pais do aluno sobre o incidente em que o inspetor elevou a voz para alertar a criança por estar em local inadequado.
A nota também afirmou que os relatos foram devidamente investigados pela direção da escola, e o funcionário recebeu orientações sobre suas atribuições, além de os pais terem sido convocados para ciência dos fatos.
A Supervisão de Ensino continua acompanhando o caso.
Por fim, a Seduc negou que a situação envolvendo a mangueira tenha ocorrido.
É nosso dever prestar atenção e evitar que situações como essa aconteçam.
A denúncia dessa mãe sobre os maus tratos sofridos por seu filho na escola é um lembrete importante de que todos devemos estar atentos e zelar pelo bem-estar das crianças.