De acordo com um relatório da Folha Press em 04/07/2023 às 21:00, o presidente francês Emmanuel Macron expressou sua intenção de aplicar multas às famílias dos manifestantes adolescentes durante um encontro com policiais em Paris na noite de segunda-feira.
Ele sugeriu estabelecer “uma espécie de tarifa mínima desde a primeira confusão” causada pelos filhos dos manifestantes.
No entanto, essa proposta gerou críticas da oposição, que a classificou de “cínica”.
A participação de adolescentes nos protestos tem sido motivo de preocupação, e Macron já havia instado os pais, na última sexta-feira, a manterem seus filhos em casa.
Agora, ele vai além, propondo sanções financeiras para as famílias dos jovens manifestantes.
No entanto, o próprio ministro da Educação discorda dessa ideia, afirmando que responsabilizar os pais não significa puni-los, mas ajudá-los a cuidar de seus filhos.
Ele ressalta a importância de considerar as dificuldades específicas que algumas famílias enfrentam, como horários de trabalho noturnos, o que torna ainda mais difícil supervisionar os filhos.
Enquanto isso, a situação na França permanece tensa, com um saldo significativo de destruição resultante dos protestos.
O Ministério do Interior relatou 72 detenções na noite de segunda-feira, indicando uma diminuição em relação às 157 detenções do dia anterior e às 1.311 do sábado anterior.
Desde o início dos protestos, pelo menos um manifestante morreu e outro está em coma.
As autoridades registraram a destruição de instalações policiais, edifícios danificados, veículos incendiados e vias públicas queimadas, resultando em prejuízos que totalizam dezenas de milhões de euros.
Em uma reunião com prefeitos, Macron anunciou a implementação de uma lei de emergência para acelerar a reconstrução de edifícios e infraestrutura nas cidades afetadas.
No entanto, a situação continua desafiadora em termos de unidade nacional, e tensões surgiram entre a população e a classe política.
Alguns culpam os imigrantes pela violência e depredação, enquanto outros enfatizam a importância de não direcionar ódio nem à polícia nem aos estrangeiros.
Esses acontecimentos representam um desafio para Macron, que havia se comprometido a trazer reconciliação e unidade ao país antes das Olimpíadas, marcadas para o próximo ano.
No entanto, os eventos recentes, incluindo a morte de um jovem durante uma blitz policial, complicam seus esforços.
O policial envolvido no incidente foi indiciado por homicídio doloso e está detido, enquanto uma campanha de arrecadação de fundos para apoiá-lo já atingiu mais de 1 milhão de euros.