Nos últimos anos, temos sido testemunhas de descobertas científicas incríveis relacionadas a Marte. Desde a exploração do planeta vermelho pelos rovers da NASA, Curiosity e Perseverance, avanços alcançados foram feitos no entendimento de sua história e habitabilidade. Agora, dois novos estudos publicados nas prestigiosas revistas científicas Nature e Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) trazem evidências que reforçam a possibilidade de vida em Marte.
O primeiro estudo, baseado em dados coletados pelo Rover Perseverance, revela evidências de evidências orgânicas na cratera Jezero, em Marte. Essas emissões são fundamentais para a formação da vida, incluindo o carbono. Os dados obtidos pelo Perseverance superam as observações anteriores realizadas pelo rover Curiosity, indicando que a região está repleta de relatórios orgânicos. Embora nem todas as inscrições tenham sido identificadas, as análises mostram a presença de diferentes tipos de compostos orgânicos nessa área marciana.
Os investigadores envolvidos no estudo explicam que existem diversas divergências para a origem dessas origens. Elas podem ter chegado ao planeta por meio de meteoritos ou podem ter se formado em processos naturais próprios de Marte. Independentemente da origem, os pesquisadores sugerem que essas inscrições têm uma idade estimada entre 2,3 e 2,6 bilhões de anos, indicando a existência de condições propícias à vida no passado.
Em seu estudo publicado na revista Nature, os autores afirmam: “Relatamos associações específicas de fluorescência-minerais consistentes com muitas classes de sinalização orgânicas que ocorrem em diferentes padrões espaciais dentro dessas formações composicionalmente distintas. Indicando potencialmente diferentes destinos de carbono nos ambientes.”
O segundo estudo, controlado por geólogos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), apresenta um novo método para medir a intensidade do fluxo de rios em outros planetas. Usando dados da sonda Cassini, da NASA, os investigadores analisaram o fluxo de rios na cratera Gale e na cratera Jezero, em Marte, assim como em Titan, uma das luas de Saturno.
A partir dessas observações, os cientistas estabeleceram relações físicas que governam o fluxo de rios em diferentes gravidades e com diferentes materiais. Eles descobriram que os rios fluíram na cratera Gale por aproximadamente 100 mil anos e na cratera Jezero por cerca de um milhão de anos. Essas descobertas permitem uma reconstrução das condições hidrológicas de Marte, revelando detalhes sobre as crateras que foram habitadas por bilhões de anos atrás.
O pesquisador descreve suas tentativas no estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS): “Em Marte, esta abordagem não apenas prevê dimensões de grão na cratera Gale e na cratera Jezero que se sobrepõem aos medidos pelos rovers Curiosity e Perseverance , mas também permite reconstruções de condições de fluxos anteriores que são consistentes com a atividade hidrológica de longa duração proposta em ambas as crateras.”
Essas descobertas alimentam ainda mais as especulações sobre a possibilidade de vida em Marte. A presença de organismos orgânicos e a existência transmitida de rios são manifestações promissoras de um ambiente inspirado para a vida microbiana ou mesmo formas de vida mais complexas. No entanto, os pesquisadores esclarecem que mais pesquisas são necessárias para confirmar e compreender completamente essas descobertas.
O futuro da exploração espacial está repleto de mistérios a serem desvendados, e Marte, nosso vizinho planetário mais próximo, continua sendo um dos alvos mais intrigantes. À medida que continuamos a avançar em nossa compreensão sobre a possibilidade de vida fora da Terra, as descobertas atuais nos aproximam cada vez mais da resposta para uma das questões mais fundamentais da humanidade: estamos sozinhos no universo ou compartilhamos o cosmos com outras formas de vida ?