Em um esforço para combater o crescente problema do vício na internet entre os jovens, a Administração do Ciberespaço da China anunciou recentemente a implementação de novas medidas regulatórias. As regras destinadas a limitar o tempo de tela e o acesso à internet por menores de 18 anos marcam mais um passo na busca do país por um uso saudável e responsável da tecnologia.
Conformidade com as normas divulgadas, os adolescentes chineses entre 15 e 18 anos agora enfrentarão um limite diário de duas horas de uso de internet em dispositivos móveis, como celulares, tablets e relógios inteligentes. Além disso, os jovens ficarão proibidos de acessar a internet durante o período das 22h às 6h. A implementação dessas restrições será de responsabilidade das plataformas online, embora, no momento, não haja compensações definidas para o descumprimento dessas diretrizes.
As novas regras têm como objetivo primordial reduzir o risco de vício na internet entre os jovens, bem como promover um equilíbrio saudável entre as atividades online e offline. O governo chinês está buscando ativamente limitar os negativos do uso excessivo de tecnologia na saúde mental e no bem-estar dos adolescentes.
Vale ressaltar que os pais ainda manterão certo grau de autonomia no que diz respeito à aplicação dessas restrições. Eles podem ajustar manualmente as configurações para melhor se adequarem às necessidades e às rotinas de suas famílias.
A China não é a primeira nação a abordar essa questão. Nos Estados Unidos, vários estados, incluindo Arkansas, Utah e Louisiana, também têm investigado a implementação de medidas semelhantes para limitar o acesso de crianças e adolescentes à internet e às redes sociais.
Não é a primeira vez que a China busca enfrentar o desafio do vício em tecnologia. Em 2021, a Tencent, a gigante chinesa da internet, colaborou com iniciativas para impor limites de tempo em jogos online para menores de idade, como parte dos esforços para conter comportamentos compulsivos.
Embora o impacto total dessas novas medidas precisas sejam avaliadas ao longo do tempo, fica claro que o governo chinês está comprometido em criar um ambiente online mais saudável e equilibrado para suas gerações futuras. Resta agora acompanhar como essas mudanças serão recebidas pelos jovens e pelas famílias, e como elas moldarão o cenário tecnológico da China nos anos vindouros.