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Polícia anticorrupção da Ucrânia se concentra em grandes casos de corrupção durante a guerra

Desde a revolução de 2014 que derrubou um líder apoiado pela Rússia e levou à esperança de um futuro europeu, a Ucrânia tem buscado ativamente combater a corrupção. No entanto, a recente invasão russa deu a essa luta um caráter ainda mais urgente e crucial para a sobrevivência do país.

O chefe do Departamento Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU), Semen Kryvonos, apontou que a corrupção agora é vista como uma questão de segurança nacional. O NABU, um órgão independente criado em 2015 com a colaboração de parceiros ocidentais, está liderando os esforços para erradicar práticas corruptas que têm prejudicado a nação. O presidente Volodymyr Zelenskiy considera essa batalha como a chave para superar a agressão russa e espera que os doadores ocidentais contribuam com bilhões de dólares para a reconstrução da Ucrânia.

Enquanto uma agência investiga crimes que remontam a 2015, Kryvonos enfatiza a necessidade de priorizar crimes de guerra que atuam diretamente no país em perigo. Isso inclui casos relacionados à defesa, reconstrução e energia, assim como ações de altos funcionários que demonstram a natureza sistêmica do suborno no país.

Kryvonos destacou os recentes, como aquela envolvendo um ex-chefe da Suprema Corte suspeito de aceitar suborno de US$ 2,7 milhões e outro caso contra um vice-ministro suspeito de desvio de fundos de recuperação. Segundo ele, demonstrar resultados tangíveis é fundamental para enfrentar esquemas de corrupção que envolvem altos funcionários.

A Ucrânia ainda enfrenta um desafio significativo em relação à corrupção, ocupando o 116º lugar entre 180 países no Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional. A nomeação de Kryvonos como chefe do NABU foi um requisito fundamental para iniciar a adesão com a União Europeia, mostrando a importância da luta contra a corrupção para a comunidade internacional.

Em 2023, a NABU, em conjunto com o Ministério Público Anticorrupção, já abriu quase 300 casos e encaminhou 58 ouvidos ao tribunal. Isso inclui aceitar contra chefes regionais e vice-governadores, assim como o confisco de mais de US$ 52 milhões em fundos relacionados a consideração de governança para apoiar os esforços militares ucranianos desde a invasão russa.

Apesar do progresso, Kryvonos destaca a necessidade de recursos adicionais, incluindo mais detetives, um centro forense independente e tecnológico para enfrentar táticas cada vez mais sofisticados de corrupção. A resistência de interesses corruptos ainda é um desafio, mas uma sociedade civil vibrante da Ucrânia continua sendo uma aliada crucial para manter a pressão.

Os ucranianos apoiaram a visão de que a corrupção é um dos principais problemas do país, com uma pesquisa recente indicando que pelo menos 77% da população acredita nisso. A batalha contra a corrupção não é fácil, mas o compromisso de todos os envolvidos, incluindo a liderança do NABU e a autoridade da sociedade civil, sinaliza um esforço coletivo para garantir um futuro mais transparente e seguro para a Ucrânia.

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