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Desfile de 7 de Setembro: O Contraste Notável do Patriotismo entre 2022 e 2023

O tradicional Desfile de 7 de Setembro, que celebra a Independência do Brasil, realizado em Brasília, teve um público notavelmente menor em comparação aos anos anteriores. O evento, que costumava atrair multidões, pareceu refletir uma mudança de abordagem política e uma diminuição da paixão geral.

Mesmo com o acesso às arquibancadas fechadas devido à lotação máxima, o entorno da Esplanada dos Ministérios não conseguiu impressionar pela sua afluência. Poucas pessoas compareceram para prestigiar não apenas o desfile cívico-militar, mas também a manifestação das Forças Armadas, que apresentou seus artistas militares ao público.

De acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), aproximadamente 50 mil pessoas estiveram presentes na Esplanada ao longo da manhã. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) não divulgou estimativas oficiais. No entanto, é visível que a presença de público em 2022 e 2021 durante o Dia da Independência foi significativamente maior.

O governo já anunciou a organização de um evento “mais enxuto” com o objetivo de “despolitizar” os dados e contrastar com os desfiles ocorridos durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). A chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama, Janja, foi em um carro aberto, o emblemático Rolls Royce presidencial. Além disso, chamou a atenção a presença de um boneco gigante do Zé Gotinha, símbolo das campanhas de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), em um caminhão do Corpo de Bombeiros.

Os vendedores ambulantes que montaram barracas e carrinhos disseram vendas mais baixas devido à menor quantidade de público presente. Na tribuna de honra de Lula, foram nomeados ministros de Estado e outras autoridades. Uma ala da oposição convocou um boicote aos desfiles de 7 de Setembro em todo o país.

Notavelmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro, convidado para um evento em São Paulo por seus aliados Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ricardo Nunes (MDB), optou por não comparecer e recomendou a seus apoiadores que “curtassem o feriado com suas famílias” . No ano passado, levantamentos independentes indicaram a presença de mais de cem mil apoiadores de Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios. O ex-presidente costumava mobilizar as massas para participar do 7 de Setembro e discursava após o desfile em um trio elétrico.

Ao contrário das edições anteriores, neste ano não houve discursos por parte das autoridades presentes. O governo enfatizou que a gestão anterior aproveitava os dados para acumular capital político, uma das críticas dos petistas era de que Bolsonaro havia utilizado a bandeira do Brasil como símbolo político.

Fica bem evidente que o Desfile de 7 de Setembro de 2023 em Brasília, com seu público notavelmente reduzido em comparação aos anos anteriores, levanta questões pertinentes sobre a gestão do atual presidente e a mudança de abordagem política. Enquanto o governo optou por uma reunião mais contida, buscando “despolitizar” os dados, o baixo comparativo de pessoas às festividades pode suscitar dúvidas sobre o nível real de apoio ao presidente.

Onde estão os 50,90%  dos eleitores que escolheram o atual presidente? Esta é uma pergunta que muitos podem estar fazendo. O fiasco do Desfile de 7 de Setembro sugere que, apesar da vitória nas urnas, o governo enfrenta desafios em manter uma mobilização eficaz de seus tantos apoiadores em eventos de grande relevância nacional.

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