A Vila Belmiro transformou-se em uma verdadeira praça de guerra na noite de quarta-feira (6/12/2023) após o Santos Futebol Clube sofrer um rebaixamento inédito, decorrente da derrota para o Fortaleza.
O caos instalou-se com atos de vandalismo, incêndios e o uso de gás de pimenta, deixando um rastro de destruição.
Ao longo do Canal 1, nas proximidades da Praça da Bíblia, a equipe da Santa Cecília TV documentou o ataque a cinco ônibus, sendo quatro da Piracicabana e um da EMTU.
Destes, três foram incendiados e dois depredados.
O motorista do ônibus da EMTU, que preferiu manter-se anônimo, relatou que estava conduzindo a última viagem, com o veículo completamente lotado. Apesar da violência, não há relatos de feridos entre os passageiros.
Na região do Canal 2, um outro ônibus foi incendiado, próximo à entrada do Hospital Beneficência Portuguesa. Uma cena chamativa foi a quantidade de patinetes arremessados nas águas do Canal 1.
Registram-se focos de incêndio nas imediações da Vila Belmiro, com seis a sete carros queimados na Rua Tiradentes. Um dos veículos, pertence a familiares do atacante Mendoza.
Do topo do estádio, bombeiros trabalharam para conter as chamas.
Às 2 horas desta quinta-feira (7/12/2023), as delegações do Santos e Fortaleza permaneciam dentro do estádio devido à hostilidade nas ruas.
Bombas foram lançadas no gramado por torcedores após o rebaixamento, resultando em confrontos com a Polícia Militar.
O árbitro Leandro Pedro Vuaden encerrou a partida por razões de segurança.
Após o fim do jogo, a área ocupada pelas torcidas organizadas do Santos tornou-se palco de protestos contra o rebaixamento e o presidente Andres Rueda.
Jogadores permaneceram no gramado, muitos visivelmente emocionados, enquanto outros tentavam assimilar o que estava acontecendo.
Além do tumulto no estádio, torcedores atearam fogo em pelo menos três veículos estacionados nas proximidades da Vila Belmiro, incluindo um ônibus municipal.
O policiamento, previamente reforçado, enfrentou um grupo de torcedores que lançou uma garrafa contra os policiais, agravando ainda mais a situação de caos que se abateu sobre Santos após o rebaixamento histórico.