Dois generais dos Estados Unidos alertaram sobre as práticas predatórias de investimento da China na América Latina e no Caribe, afirmando que o governo chinês continua a expandir sua influência na região.
A general Laura Richardson, chefe do Comando Sul, ressaltou a capacidade e intenção da China de promover seu tipo de autoritarismo e acumular poder e influência às custas das democracias da região.
Enquanto isso, a China estabelece portos, extrai recursos e constrói possíveis instalações espaciais de uso duplo.
De acordo com a general, os líderes latino-americanos, desesperados por suas economias após a pandemia, têm pressa e recorrem aos investimentos chineses quando não há mais nada disponível, mesmo que isso signifique permitir que a China manipule seus governos.
O general Glen D. VanHerck, chefe do Comando Norte, concordou que o investimento chinês em todo o hemisfério ocidental é motivo de preocupação.
Para combater a influência chinesa, Richardson defende que os Estados Unidos sejam mais proativos e prestem mais atenção na região.
Enquanto a China não é o único rival dos Estados Unidos na região, a Rússia também reforça regimes autoritários e continua com sua extensa campanha de desinformação.
O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), William J. Burns, alertou para os riscos da dependência tecnológica na região e destacou que a China tenta corroer a influência de Washington na área.
Segundo Burns, é necessário trabalhar duro caso a caso para impedi-lo.