O ciclone Freddy recentemente atingiu a região central de Moçambique pela segunda vez em menos de um mês, deixando centenas de pessoas desabrigadas e cortando as comunicações e o fornecimento de eletricidade na área.
No último mês, mais de 171.000 pessoas foram afetadas pelo ciclone que varreu o sul de Moçambique, matando 27 pessoas em Moçambique e Madagascar. Desta vez, mais de meio milhão de pessoas correm o risco de serem afetadas em Moçambique, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O ciclone Freddy é considerado o ciclone tropical mais duradouro, tendo rodado por 35 dias, superando o recorde anterior de um furacão de 31 dias em 1994, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial.
Além disso, estabeleceu o recorde de maior energia acumulada de ciclone, uma medida da força da tempestade ao longo do tempo, de qualquer tempestade no Hemisfério Sul na história, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.
A tempestade continuou em direção à ponta sul do país vizinho Malawi, causando chuvas torrenciais e inundações.
As autoridades do Malawi também se preparam para a passagem do ciclone, que pode trazer chuvas torrenciais e inundações à ponta sul do país. Foi relatado muita destruição, árvores caídas e telhados arrancados.
A situação é potencialmente um desastre de grande magnitude e que será necessária ajuda adicional, já que as fortes chuvas continuam caindo.
A extensão dos danos e o número de vítimas ainda não estão claros, mas pelo menos uma pessoa morreu em Quelimane no sábado, quando sua casa desabou à medida que a tempestade chegava à costa.