A Finlândia foi aceita como membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), tornando-se o 31º país a ingressar na aliança militar ocidental. O pedido de adesão do país nórdico foi feito em julho de 2022 e foi concluído pelo ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, entregando um documento oficial ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na sede da OTAN em Bruxelas nesta terça-feira (4).
A adesão da Finlândia à OTAN foi aprovada por unanimidade por todos os países que já integram a aliança militar ocidental, o que é necessário para que um novo membro possa ingressar. A Turquia foi o último país a aprovar a entrada da Finlândia na OTAN na semana passada, superando assim o último obstáculo.
Com a adesão, a Finlândia agora é automaticamente protegida por todos os membros da OTAN, incluindo os Estados Unidos. Se o território finlandês – que divide 1,3 mil quilômetros de fronteira com a Rússia – for invadido, tropas da OTAN serão convocadas para intervir e defender o país.
No entanto, a Rússia, vizinha da Finlândia, afirmou que a adesão aumenta o risco de conflito. Em declaração nesta terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Moscou “será forçada a tomar medidas para assegurar a segurança da Rússia” em resposta à entrada da Finlândia na OTAN e chamou a decisão do país vizinho de uma “ameaça hostil” à segurança do território russo.
A adesão da Finlândia à OTAN é vista como um movimento para fortalecer a posição do país em relação à Rússia e melhorar a segurança regional. No entanto, a entrada também pode desencadear tensões geopolíticas, principalmente por ser vista como um desafio à influência russa na região. O futuro das relações entre a Finlândia e a Rússia é incerto, e pode haver consequências significativas para a segurança na região.