Um ataque a um grupo de soldados e membros de uma força de defesa voluntária no norte de Burkina Faso resultou na morte de 40 pessoas e deixou outras 33 feridas. A agressão ocorreu no sábado (15) na aldeia de Aorema, perto da cidade de Ouahigouya, em uma área que vem sofrendo com a ação de grupos islâmicos ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico há anos.
O ataque foi realizado por agressores não identificados e não está claro qual grupo é o responsável pelo atentado. O governo local encorajou os civis a se juntarem às forças de defesa locais para tentar conter a violência, que já causou a morte de milhares de pessoas e obrigou milhões a deixarem suas casas.
O incidente ocorreu apenas nove dias após outro ataque, que matou 44 pessoas nas aldeias de Kourakou e Tondobi, também no norte do país da África Ocidental. Em ambos os casos, os militares prometeram retomar o controle do país, mas ainda não conseguiram impedir a ação dos grupos extremistas.
A agitação na região teve início no Mali em 2012, quando islamistas sequestraram uma revolta separatista tuaregue. Desde então, a violência se espalhou para os vizinhos Burkina Faso e Níger e ameaça desestabilizar os países costeiros mais distantes. A situação tem sido um grande desafio para os governos locais e a comunidade internacional, que tentam encontrar uma solução para o conflito.