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Chefes de espionagem do mundo se reúnem em conclave secreto em Cingapura

Cingapura, um dos principais centros financeiros e políticos do mundo, foi palco de um encontro secreto entre chefes de agências de inteligência de renome internacional. A reunião ocorreu à margem do Shangri-La Dialogue, uma conferência anual de segurança realizada na cidade-Estado asiático. Segundo a Reuters, sob condição de anonimato, aproximadamente duas dezenas de altos funcionários de agências de inteligência de diversos países participaram do encontro, que não havia sido divulgado anteriormente.

Essas reuniões secretas, organizadas pelo governo de Cingapura, têm sido realizadas há vários anos em um local separado da cúpula de segurança. O evento visa promover uma compreensão mais profunda das intenções e resultados entre os serviços de inteligência de diferentes nações, especialmente em momentos de tensão e quando a diplomacia formal pode ser mais difícil.

A diretora de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Avril Haines, representou o país no encontro, seguido por outros países, incluindo a China, apesar das tensões entre as duas superpotências. O chefe da agência de coleta de inteligência no exterior da Índia, Samant Goel, também esteve presente, segundo fontes indianas.

Embora poucos detalhes tenham sido divulgados sobre as discussões específicas que ocorreram durante o encontro em Cingapura, fontes afirmam que a guerra da Rússia na Ucrânia e o crime transnacional foram temas abordados. Uma das fontes destacou que a atmosfera da reunião foi colaborativa e cooperativa, em vez de confrontadora.

A participação de altos funcionários de agências de inteligência em eventos como o Shangri-La Dialogue também é considerada uma oportunidade para encontros bilaterais e multilaterais informais. Um porta-voz do Ministério da Defesa de Cingapura afirmou que essas reuniões realizadas à margem da conferência foram concedidas aos participantes.

Enquanto o Ministério da Defesa de Cingapura facilita essas reuniões, os governos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Austrália e Nova Zelândia operam o que é conhecido como rede Five Eyes, uma aliança de cooperação em inteligência. Esses países têm o hábito de realizar encontros regulares entre seus oficiais de inteligência para compartilhar informações e discutir questões de interesse comum.

Embora a presença de representantes russos não tenha sido relatada, a reunião em Cingapura ocorreu em meio a um contexto global de tensões geopolíticas e desafios à segurança internacional. No Shangri-La Dialogue, mais de 600 delegados de 49 países discutem questões de segurança em sessões plenárias e reuniões bilaterais e multilaterais.

No discurso principal da conferência, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, destacou a importância da cooperação internacional em segurança. A diretora de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Avril Haines, também enfatizou a necessidade de colaboração entre os países, mesmo diante de desconfianças e adversidades, enfatizando a importância de gerenciar o potencial de escalada.

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