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DeSantis busca diferenciar-se de Trump na disputa republicana de 2024

Na corrida presidencial de 2024, o governador da Flórida, Ron DeSantis, tem se esforçado para definir sua candidatura e estabelecer-se como uma alternativa conservadora a Donald Trump, o ex-presidente e favorito nas pesquisas dentro do Partido Republicano. No entanto, a escalada repentina da guerra de palavras entre DeSantis e Trump tem aumentado a tensão na corrida republicana e revelado informações sobre as estratégias de ambos os candidatos.

DeSantis, de 44 anos, tem percorrido incansavelmente cidades em três estados de votação antecipada – Iowa, New Hampshire e Carolina do Sul – apresentando-se como um guerreiro sem remorso em questões como aborto, imigração, gastos do governo, crime e direitos LGBTQ. Ele busca traçar fortes contrastes com Trump, pintando o ex-presidente como um político que perdeu seu caminho e se tornou uma criatura do governo, comprometendo-se facilmente.

Por sua vez, a equipe de Trump tenta descreditar DeSantis, chamando-o de “fantoche do pântano” e minimizando suas influências como governador da Flórida.

A estratégia de DeSantis tem se consolidado rapidamente como a maior ameaça a Trump. Ele tem discursos realizados para converter solidárias em locais pequenos, mas lotados, conquistando o apoio de muitos eleitores.

Embora DeSantis evite criticar Trump diretamente em seus discursos, ele faz referências mais sutis, sugerindo que será o candidato que finalmente protegerá a fronteira sul dos EUA ou que enfatizará a importância da liderança em detrimento da construção de uma marca pessoal. Essas insinuações buscam atrair os apoiadores de Trump sem antagonizá-los, uma vez que o ex-presidente ainda possui um grande número de seguidores leais.

No entanto, quando se trata de entrevistas com a mídia, DeSantis tem sido menos cauteloso. Ele criticou a tendência de Trump de dar apelidos aos seus adversários, classificando-os como “mesquinhos” e “juvenis”. Segundo DeSantis, a conduta de Trump ao longo dos anos é uma das razões pelas quais ele não está mais na Casa Branca. O governador da Flórida também comparou seu próprio tempo no cargo com o mandato de Trump, destacando reformas conservadoras incorporadas por ele e pela legislatura republicana na Flórida.

Embora Trump seja atualmente o líder do campo republicano, com 49% de apoio, DeSantis vem ganhando força, alcançando 19% nas pesquisas de opinião realizadas em maio, de acordo com a Reuters/Ipsos.

A mensagem de DeSantis tem atraído eleitores que desejam um político que não recue e se comprometa depois de eleito. Alguns acreditam que DeSantis representa uma mudança positiva, enquanto outros preferem o histórico de negócios de Trump e acreditam que a economia prosperou durante seu mandato. As trocas cada vez mais rancorosas entre os dois candidatos têm dividido a opinião dos convidados, mas DeSantis tem moderado sua mensagem em algumas ocasiões para atrair diferentes públicos.

Durante suas paradas em New Hampshire, DeSantis não mencionou a pulseira rígida do aborto aprovado na Flórida este ano. No entanto, em estados como Iowa e Carolina do Sul, onde os cristãos evangélicos têm mais influência, o tema foi seguido de maneira mais enfática.

DeSantis também tem se comparado a Trump de modos menos acidentalmente, descrevendo-se como um “garoto de colarinho azul” que precisou trabalhar duro para alcançar suas conquistas e ressaltar que optou por servir no exército em vez de seguir uma carreira lucrativa. Essas comparações reforçam a ideia de que DeSantis representa uma geração distinta, separada do ex-presidente de 76 anos.

Trump mantém uma base sólida de apoiadores, mas DeSantis tem se esforçado para se posicionar como uma alternativa conservadora confiável e consistente. Ainda há muito tempo até a eleição de 2024, e muito pode mudar nesse cenário político dinâmico e imprevisível. Resta aguardar os próximos andamentos dessa acirrada disputa interna no Partido Republicano.

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