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Hong Kong: Detenções e Restrições no Aniversário da Repressão na Praça da Paz Celestial

No 34º aniversário da repressão na Praça da Paz Celestial, em Hong Kong, dezenas de pessoas foram detidas pelas autoridades locais. As restrições impostas no território enfraqueceram as vigílias pró-democracia tradicionais, levando ativistas e cidadãos em outras partes do mundo a se unirem para manter viva a memória do evento de 4 de junho de 1989. Embora Hong Kong tenha sido prometida liberdade contínua por 50 anos após sua devolução à China em 1997, ativistas afirmam que a atual ação policial faz parte de uma ampla campanha para esmagar a dissidência na cidade.

Neste domingo (04), a polícia de Hong Kong intensificou as medidas de segurança e deteve dezenas de pessoas, incluindo quatro por intenção sediciosa, enquanto o território se preparava para lembrar o aniversário da repressão de 1989. O Victoria Park, onde ativistas e cidadãos se reuniam-se tradicionalmente, em parte com o significado de grupos pró-Pequim, que realizaram um carnaval gastronômico, enquanto outras áreas foram atendidas com barricadas.

A ação policial desencadeou críticas de ativistas locais e internacionais, que veem como parte dos esforços da China para reprimir a dissidência em Hong Kong. A cidade enfrentou um aumento significativo na segurança, com 6.000 policiais mobilizados, incluindo agentes de choque e antiterrorismo. 

Em Hong Kong a lembrança do evento é abafada, em outras partes do mundo a memória da repressão na Praça da Paz Celestial é mantida viva. Cidades como Taipei, Londres, Nova York e Berlim realizaram vigílias e eventos para marcar o aniversário. Em Taipei, capital de Taiwan, uma democracia autônoma, ativistas prepararam um memorial na Praça da Liberdade de Taipei, com flores de luto e presença de testemunhas. O vice-presidente William Lai destacou a importância de discutir e lembrar o que aconteceu em Pequim em 1989, ressaltando a diferença entre a democracia em Taiwan e o autoritarismo na China.

Enquanto isso, em Pequim, a Praça da Paz Celestial estava repleta de turistas, sob vigilância policial e de outros funcionários, mas sem sinais óbvios de segurança. Na China continental, qualquer menção à repressão é considerada tabu e fortemente censurada.

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