O presidente Joe Biden evitou um cenário de inadimplência iminente quando assinou ontem (03) um projeto de lei que suspende o teto da dívida do governo dos Estados Unidos, que atualmente está em 31,4 trilhões de dólares. Essa medida foi tomada apenas dois dias antes do prazo final, após um processo tenso entre a Câmara dos Deputados e o Senado.
A decisão de suspender o teto da dívida foi tomada depois que o Departamento do Tesouro alertou que seria incapaz de pagar todas as suas contas na segunda-feira, caso o Congresso não tomasse uma atitude até então. A situação gerou uma crise que perdurou por meses, chegando a interromper uma viagem internacional de Biden à Ásia e ameaçando levar os Estados Unidos à beira de uma crise econômica sem precedentes.
No primeiro discurso de Biden no Salão Oval após a aprovação da lei, ele saudou o acordo como um triunfo bipartidário, expressando sua gratidão aos líderes democratas e republicanos da Câmara e do Senado pelo seu trabalho conjunto. Embora ninguém tenha obtido tudo o que queria, Biden enfatizou que o povo americano obteve o que precisava.
A votação no Congresso refletiu esse espírito de cooperação, com a Câmara, controlada pelos republicanos, aprovando o projeto de lei com uma margem significativa de 314 a 117, e o Senado, controlado pelos democratas, votando a favor por 63 a 36. Esse apoio bipartidário é um sinal encorajador de que, em momentos de crise, os líderes políticos podem deixar de lado suas diferenças e trabalhar em prol do bem comum.
Embora a assinatura do projeto de lei tenha ocorrido discretamente, longe dos olhos da imprensa, seu significado não pode ser subestimado. A partir desse momento, os Estados Unidos podem evitar a inadimplência de suas obrigações financeiras e manter sua posição no mercado internacional.
A agência de classificação de crédito Fitch Ratings manteve a classificação de crédito dos Estados Unidos como “AAA”, mas negativada em relação à perspectiva futura. Isso indica que, embora o acordo tenha resolvido uma crise imediata, há desafios contínuos a serem enfrentados em relação à saúde econômica do país.