Os incêndios florestais que assolam o Canadá e causaram impacto até mesmo nos Estados Unidos estão se mostrando um desafio para as equipes de combate ao fogo. Com uma situação cada vez mais alarmante, especialistas alertam que esses incêndios podem se prolongar por todo o verão.
Luc Mercier, diretor administrativo do condado de Yellowhead, onde está localizado na cidade de Edson, revelou que algumas equipes florestais tiveram que recuar diante da magnitude desse desastre ambiental. “O incêndio está tão fora de controle que não está suspenso combatê-lo”, declarou Mercier.
Desde o início do ano, aproximadamente 28.700 km² já foram devastados pelas chamas, uma área muito acima das médias anteriores. Essa catástrofe ambiental reflete o aquecimento acelerado do país devido às mudanças climáticas, colocando o Canadá em uma posição crítica nessa batalha contra o fogo.
Um exemplo concreto das consequências devastadoras desses incêndios ocorre na cidade de Tumbler Ridge, na Colúmbia Britânica, onde aproximadamente 2.400 habitantes foram amplamente evacuados devido à aproximação perigosa do fogo. Essa situação é apenas um reflexo do panorama desafiador que o país enfrenta, com várias cidades ameaçadas.
Na parte nordeste de Quebec, os incêndios são considerados “estáveis”, porém a situação ainda é delicada nas partes central e noroeste da província. O ministro da Segurança Pública de Quebec, François Bonnardel, afirmou que ainda não foi possível vencer a batalha contra o fogo, com cerca de 14.000 pessoas sob ordens de evacuação na província.
As autoridades ambientais canadenses listam atualmente 416 incêndios ativos em todo o país, sendo que 203 deles são classificados como fora de controle. Esses números alarmantes ressaltam a urgência de uma resposta eficaz e coordenada para enfrentar essa crise sem precedentes.
Diante desse cenário desolador, as consequências para a flora, fauna e comunidades locais são devastadoras. Além disso, a fumaça resultante desses incêndios já afetou a qualidade do ar nos Estados Unidos, demonstrando que esse desastre ambiental não conhece fronteiras.