Um grupo de mercenários liderado por Yevgeny Prigozhin, conhecido como Wagner, está causando agitação e confronto na Rússia. Nesta sexta-feira (23), Prigozhin abertamente iniciou uma campanha para destituir o ministro de Defesa do país, e agora afirma que suas forças chegaram a Rostov, região próxima à fronteira com a Ucrânia, derrubando inclusive um helicóptero do exército russo.
Prigozhin, chefe do grupo Wagner, não poupou palavras ao ameaçar qualquer um que se opusesse a eles. Em suas declarações, ele chamou os recrutas dos postos de comando de “crianças” e deixou claro que não hesitará em destruir quem estiver em seu caminho. Ele afirmou que seu grupo está avançando sem encontrar resistência dos militares em postos de controle.
Segundo relatos da agência de notícias Reuters, homens armados foram vistos na sede da polícia regional do município de Rostov-on-Don. No entanto, ainda não há confirmação de que esses homens façam parte do grupo Wagner. Além disso, a Reuters informou que os mercenários também tomaram o controle de prédios militares na cidade de Voronezh, a cerca de 500 km de Moscou. No entanto, o exército russo está combatendo o avanço do grupo nessa região.
Em resposta a esses acontecimentos, a FSB, agência de segurança da Rússia, emitiu uma ordem de prisão contra Prigozhin, que é acusado de instigar um motim, um crime punível com até 20 anos de prisão no país.
O governo da região de Rostov pediu aos moradores que fiquem em casa e mantenham a calma, aconselhando-os a sair apenas quando necessário. O governador Vassily Golubev expressou preocupação com a situação e pediu cooperação da população local.
O Grupo Wagner, uma empresa paramilitar privada com ligações com o governo russo, já estava envolvido em conflitos na Ucrânia. Com a Rússia sofrendo baixas significativas, o Wagner começou a recrutar prisioneiros, civis russos e estrangeiros. Eles têm sido frequentemente destacados como uma força de frente nas batalhas na Ucrânia, o que gerou tensões entre Prigozhin e os comandantes do exército russo.
A situação atual na Rússia é preocupante, com relatos de confrontos entre o grupo Wagner e as forças de segurança russas. O Ministério da Defesa negou as acusações de Prigozhin sobre um ataque ao acampamento do grupo, classificando-as como uma provocação informativa. O presidente Vladimir Putin está ciente da situação e medidas necessárias estão sendo tomadas, de acordo com as autoridades.
Enquanto isso, a segurança em Moscou foi reforçada como medida preventiva. Acompanhamos de perto o desenrolar dos eventos e continuaremos fornecendo informações atualizadas sobre essa situação instável na Rússia.