No último domingo, 16 de julho, a China alcançou um marco alarmante em termos de temperaturas extremas, quando o serviço meteorológico chinês registrou um recorde de 52,2ºC na região de Xinjiang, situada no Oeste do país. A informação divulgada pela Administração Meteorológica deixa claro que este é um evento sem precedentes para meados de julho na região, ressaltando a intensificação das ondas de calor que o país tem enfrentado nos últimos meses.
Xinjiang, um território parcialmente deserto que faz fronteira com países da Ásia Central, é conhecido por ser a região mais quente da China durante o verão. A cidade de Turfã, que se encontra nessa região, testemunhou o pico de temperatura de 52,2ºC por volta das 19h00 no dia 16 de julho, ultrapassando o recorde histórico para o mesmo período do ano. Anteriormente, em julho de 2017, a temperatura máxima atingida foi de 50,6ºC.
A preocupação com as mudanças climáticas aumenta à medida que os registros históricos de calor são quebrados. Embora ondas de calor sejam relativamente comuns durante o verão chinês, as temperaturas extremas dos últimos meses não podem ser ignoradas. É essencial reconhecer a contribuição das mudanças climáticas para esse fenômeno, que tem impactos significativos na saúde pública, agricultura, ecossistemas e infraestruturas.
De acordo com o serviço meteorológico, a temperatura do solo da região atingiu impressionantes 80ºC no mesmo dia, adicionando uma dimensão preocupante aos efeitos do calor extremo. Esse tipo de condição climática pode levar a secas mais severas, aumentar o risco de incêndios florestais e afetar negativamente a produtividade agrícola.
O deserto de Taklamakan, situado próximo à cidade de Turfã, é um ambiente particularmente vulnerável, e a elevação das temperaturas pode ter consequências devastadoras para a biodiversidade local e para as comunidades que dependem dos recursos naturais da região.
A China, como uma das principais economias do mundo e maior emissor de gases de efeito estufa, enfrenta a responsabilidade de liderar ações concretas na luta contra as mudanças climáticas. É imperativo que o país intensifique seus esforços para reduzir a emissão de gases poluentes, bem como invista em tecnologias e políticas de adaptação que possam mitigar os efeitos adversos do aquecimento global.