Inspirado na guerra da Ucrânia, Taiwan está lançando uma blitz de drones para enfrentar as crescentes ameaças da China.
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, deparou-se com um relatório interno alarmante, destacando a grande desvantagem do país em relação aos drones em comparação com seu poderoso adversário, a China.
Determinada a superar essa lacuna, Tsai lançou o programa “Equipe Nacional de Drones”, unindo empresas de drones comerciais e fabricantes aeroespaciais locais em um esforço conjunto para acelerar a produção de drones militares autossuficientes.
Com base em um documento de planejamento do governo, a meta é construir mais de 3.200 drones militares até meados de 2024, incluindo mini-drones leves e aeronaves de vigilância de longo alcance.
Para atingir esse objetivo, o governo está recrutando empresas privadas na fase de pesquisa e desenvolvimento, abrindo caminho para uma estratégia assimétrica – aumentando a quantidade de sistemas de armas menores, mas letais, para deter a China.
A China, por sua vez, vem aprimorando sua frota de drones, tendo investido pesadamente em tecnologias comerciais e militares. Sua vasta indústria de drones comerciais é uma vantagem crucial para o Exército de Libertação Popular da China, permitindo que aproveitem ao máximo esses dispositivos para diversas aplicações.
Enquanto a corrida armamentista continua, Taiwan busca alcançar a autossuficiência na produção de drones, reduzindo sua dependência de fornecedores externos, incluindo a China, em caso de conflito.
Essa iniciativa visa fortalecer a capacidade de defesa da ilha, que enfrenta crescentes ameaças militares e incursões de drones por parte da China.
A guerra Rússia-Ucrânia inspirou Taiwan a reavaliar suas capacidades de drones, considerando-os uma ferramenta essencial para obter vantagem militar em um cenário de conflito moderno.
A presidente Tsai Ing-wen enfatizou a importância dos drones, não apenas para fins militares, mas também para aplicações civis, destacando que Taiwan não pode estar ausente nessa era de tecnologia avançada.
Com a crescente importância das tecnologias emergentes na corrida de poder na região da Ásia, a busca por liderança em áreas como inteligência artificial, armas autônomas e voo hipersônico se tornou cada vez mais intensa.
Taiwan enfrenta o desafio de equilibrar essa rivalidade militar enquanto busca fortalecer suas capacidades de defesa e garantir a segurança e a liberdade democrática da ilha.
