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ONU Inicia Delicada Operação de Remoção de Petróleo de Petroleiro em Deterioração Próximo ao Iêmen

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou na terça-feira o início de uma complexa operação para remover mais de 1 milhão de barris de petróleo de um superpetroleiro em deterioração, localizado ao largo da costa do Mar Vermelho, próximo ao Iêmen.

Essa ação tem como objetivo evitar um desastre regional de proporções catastróficas.

Autoridades da ONU vêm alertando há anos sobre os riscos representados pelo petroleiro Safer, que, em caso de vazamento, poderia liberar quatro vezes mais petróleo do que o famoso desastre do Exxon Valdez, ocorrido em 1989 no Alasca.

O porta-voz da ONU enfatizou que o custo de um vazamento potencial seria de aproximadamente US$ 20 bilhões para a operação de limpeza.

A suspensão das operações de manutenção no Safer ocorreu em 2015 devido à guerra no Iêmen, país onde o petroleiro tem sido utilizado para fins de armazenamento e permanece ancorado há mais de três décadas.

A deterioração significativa da estrutura do petroleiro e o risco iminente de explosão levaram a ONU a assumir a responsabilidade por essa delicada operação de resgate, sendo a primeira vez que a organização se envolve em uma missão desse tipo.

O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou que a transferência de petróleo de navio para navio, que teve início no dia da divulgação da notícia, representa o próximo passo crucial para evitar uma catástrofe ambiental e humanitária de proporções colossais.

Os Estados Unidos contribuíram com US$ 10 milhões para financiar a operação e, além disso, instaram outras nações a contribuírem com os US$ 22 milhões adicionais necessários.

Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, destacou que essa transferência de petróleo é uma etapa crucial para evitar uma crise econômica, ambiental e humanitária no Mar Vermelho e em regiões adjacentes.

Segundo informações divulgadas pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP), a transferência de petróleo deve ser concluída em um período de 19 dias.

Em uma coletiva de imprensa em Genebra, a porta-voz do UNDP, Sarah Bel, expressou cautela sobre os riscos da operação, enfatizando que este é apenas o início da transferência e que todos os esforços estão sendo envidados para evitar contratempos.

Sarah alertou que qualquer derramamento de petróleo pode alcançar a costa africana, causando danos aos estoques de peixes por pelo menos 25 anos e levando à perda de 200.000 empregos.

Além disso, um vazamento também levaria ao fechamento de portos que são cruciais para o fornecimento de alimentos e suprimentos ao Iêmen, país onde cerca de 17 milhões de pessoas dependem de ajuda humanitária para sobreviver.

 

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