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97 Baleias-piloto encalhadas na Austrália não sobrevivem ao resgate

As praias australianas testemunharam uma cena triste nesta semana, quando um grupo de 97 baleias-piloto encalhou em Cheynes Beach, situada a 400 km a sudeste de Perth. O ocorrido foi descoberto na terça-feira, 25, e apesar dos esforços incansáveis ​​de 250 voluntários e 100 especialistas em vida selvagem, somente 46 desses animais magníficos puderam ser devolvidos ao mar. A natureza impiedosa prevaleceu, e na manhã de quarta-feira, 51 baleias-piloto perderam suas vidas.

O desespero tomou conta da equipe de resgate quando todas as tentativas de pilotar as baleias para águas mais profundas se sentiram infrutíferas. “Voluntários e todos os outros tentaram conduzi-los para o fundo do mar, mas eles desistiram para a praia”, explicou uma porta-voz do serviço de Parques e Meio Ambiente. Com a saúde e bem-estar dos animais em mente, os veterinários concluíram que o sabor era a única opção viável.

Os cientistas há muito se questionam sobre as causas do encalhe de baleias-piloto, mas até o momento, não existe uma explicação definitiva. Algumas teorias apontam que esses cetáceos, ao se aproximarem da costa em busca de alimento, podem perder a noção da profundidade das águas rasas, levando ao encalhe acidental. No entanto, a complexidade desse fenômeno permanece um mistério, e mais pesquisas são necessárias para desvendar completamente suas razões.

Peter Hartley, responsável pela operação de resgate, conquistou suas emoções e gratidão diante dos esforços desprendidos pelas equipes envolvidas. “É provavelmente uma das decisões mais difíceis em meus 34 anos trabalhando com a vida selvagem”, confessou Hartley aos jornalistas presentes na quinta-feira.

É fundamental reconhecer que esse não é um evento isolado. O encalhe de baleias-piloto é algo comum nas águas australianas e também na Nova Zelândia. Um triste exemplo ocorreu em outubro do ano passado, quando cerca de 500 animais magníficos foram encontrados encalhados nas Ilhas Chatham, um arquipélago remoto da Nova Zelândia, gerado em uma perda devastadora de vidas.

Diante desses eventos recorrentes, é imperativo que a ciência continue seu trabalho diligente para entender os fatores subjacentes a essas tragédias naturais. Esforços de conservação e proteção das águas costeiras também são fundamentais para minimizar o risco de encalhes futuros.

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