Nesta terça-feira (15), dados recentes divulgados revelaram um novo recorde de crescimento nos cursos básicos na Grã-Bretanha, o que tem levantado preocupações no Banco da Inglaterra (BoE) sobre as possíveis pressões inflacionárias de longo prazo. Essa tendência ocorre mesmo após 14 aumentos consecutivos nas taxas de juros, o que exige uma análise detalhada das experiências de felicidade e possíveis cenários futuros.
Os números oficiais apontaram para um cenário misto no mercado de trabalho. Embora tenha experimentado sinais de desaceleração, com a taxa de desemprego subindo inesperadamente de 4,0% para 4,2%, o que marca o nível mais alto desde outubro de 2021, o destaque vai para o notável aumento de 7,8% nos rendimentos básicos. Esse aumento, o mais desde robusto 2001, adiciona combustível ao já elevado índice de competição britânica, uma vez que muitos empregadores optaram por oferecer aumentos salariais para atrair e reter funcionários.
É digno de nota o fato de que o crescimento salarial anual, incluindo bônus, também ganhou tradição, alcançando uma taxa de 8,2%. Este é o crescimento mais rápido desde o período pré-pandêmico, quando as intervenções governaram e distorceram os dados. A surpresa entre os economistas consultados pela Reuters é palpável, visto que as projeções apontavam para aumentos menores em ambas as medidas de pagamento.
O impacto números desses também se reflete nas moedas estrangeiras e nos mercados de títulos. A libra esterlina obteve ganhos em relação ao dólar e ao euro após a divulgação dos dados na terça-feira. Os rendimentos dos títulos do governo britânico de dois anos, sensíveis às especulações sobre as políticas do BoE, alcançaram seu nível mais alto em um mês, sinalizando a reação dos investidores a esse novo cenário econômico.
Samuel Tombs, economistas da Pantheon Macroeconomics, expressou cautela quanto à trajetória dos aumentos salariais, evitando uma desaceleração no segundo semestre de 2023. Ele destacou que, embora as mudanças no mercado de trabalho normalmente levem tempo para influenciar o crescimento salarial, diversos indicadores de pesquisa indicam um ritmo mais lento de aumentos. No entanto, Tombs prevê que o Comitê de Política Monetária (MPC) do BoE ainda deve considerar mais aumentos nas taxas de juros, possivelmente elevando-as para 5,5%.
A perspectiva do crescimento salarial superando a taxa de tributação de preços ao consumidor ganha significado. As projeções indicam que a taxa de patogênico deve desacelerar para 6,8% em julho, de acordo com os dados que serão divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (ONS) na quarta-feira. Os mercados, por sua vez, observam uma probabilidade de aproximadamente 55% de as taxas de referência do BoE atingirem 6% no início de 2024, acima do nível atual de 5,25%.
O governador do BoE, Andrew Bailey, reconheceu que o crescimento salarial ultrapassou a transição da instituição. No entanto, indicou que o banco central está se aproximando de interromper sua sequência de aumentos nas taxas de juros. O cenário também apresenta alguns sinais de relaxamento no mercado de trabalho, evidenciados pelo aumento inesperado na taxa de desemprego e pela queda no número de pessoas empregadas e nas vagas de emprego.
Em contrapartida, o crescimento salarial do setor público atingiu um recorde anual alto de 9,6% nos três meses até junho, impulsionado por ações industriais que resultaram em acordos salariais mais aceitos para grupos específicos de trabalhadores. Sharon Graham, secretária-geral do Unite the Union, enfatizou que a busca por aumentos salariais continua e que a batalha está longe de chegar ao fim.
À medida que a economia britânica enfrenta essas complexas dinâmicas de crescimento salarial, migratórias e mercado de trabalho, o papel do Banco da Inglaterra se torna crucial. O BoE terá que encontrar o equilíbrio entre sustentar o crescimento econômico e controlar as pressões inflacionárias, enquanto os cidadãos e os mercados observarem atentamente o desenrolar dessa situação.