As recentes discussões entre o governo Biden e o Vietnã sobre uma potencial transferência de armas estão gerando ondas de especulação e preocupação, dadas as implicações que um acordo desse tipo poderia ter na região do Pacífico.
Historicamente, o Vietnã e os Estados Unidos foram adversários na Guerra Fria. Agora, estão explorando uma possível aliança militar que envolveria a venda de uma frota de caças F-16 americanas ao Vietnã. Isso marca uma etapa notável na transformação das relações bilaterais entre esses ex-rivais da Guerra Fria.
As discussões estão em previsões iniciais, com os termos exatos do acordo ainda a serem definidos. No entanto, mesmo a mera consideração de tal acordo já está gerando reações em todo o mundo. Os observadores internacionais estão atentos, e é óbvio que esse pacto potencial não passou despercebido por Pequim e Moscou.
O foco central deste acordo parece ser fortalecer a posição do Vietnã no disputado Mar do Sul da China, onde as tensões com a China têm crescido. A China, um dos vizinhos mais próximos do Vietnã, observa com desconfiança qualquer movimento ocidental que possa parecer uma tentativa de cercar Pequim. A disputa territorial no Mar da China Meridional só acrescenta combustível ao fogo.
Jeffrey Ordaniel, especialista em segurança internacional, destacou a necessidade de Washington transferir recursos do Oriente Médio para a região Indo-Pacífico, permitindo que países como Vietnã, Filipinas e Taiwan adquiram as armas permitidas para se protegerem. Isso enfatiza uma importância estratégica crescente dessa parte do mundo e a necessidade de uma abordagem cuidadosa por parte dos Estados Unidos.
A administração Biden tem sido clara sobre seu compromisso em equilibrar a luta geopolítica com a China, enquanto busca gerenciar de forma responsável as relações entre as duas superpotências. A recente elevação do Vietnã ao mesmo status diplomático da China e da Rússia, durante a visita do presidente Joe Biden, é um sinal de que o Vietnã está disposto a expandir suas alianças e garantir seu lugar no cenário global.
Até o momento, as exportações de defesa dos EUA para o Vietnã foram limitadas a navios de guarda enviados e aviões de treinamento desde o levantamento do embargo de armas em 2016. A Rússia, por sua vez, apresentou grande parte do arsenal do país. A potencial transferência de uma parte do orçamento anual de 2 bilhões de dólares do Vietnã para remessas de armas para os Estados Unidos ou seus aliados é um movimento ambicioso, mas os desafios financeiros e a formação no equipamento além de obstáculos obscuros.
Em meio a essa evolução nas relações internacionais, a Ucrânia também entra na descoberta. O conflito na Ucrânia envolveu uma longa relação de dados entre o Vietnã e a Rússia, tornando mais difícil a aquisição de equipamentos e peças sobressalentes para armas fabricadas na Rússia. No entanto, o Vietname está actualmente em negociações activas com Moscovo sobre um novo acordo de fornecimento de armas, o que poderá gerar avaliações dos EUA.
À medida que o Vietnã busca equilibrar sua segurança em um ambiente geopolítico complexo, o mundo está observando atentamente. O que é claro é que, independentemente do resultado dessa investigação, o Vietnã está determinado a garantir sua soberania e segurança em meio a desafios cada vez maiores no Pacífico.
