Na Coreia do Norte, assim como vimos recentemente na Faixa de Gaza com o grupo terrorista Hamas, o ditador Kim Jong-un utiliza uma extensa rede de túneis para diversos propósitos, incluindo deslocamento e armazenamento de armas.
Segundo o ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, a Coreia do Norte é uma “construtora de túneis de classe mundial”, com aproximadamente 5.000 a 8.000 túneis em seu território.
Entrevistado pela NPR em 2018, o coronel reformado do Exército Dave Maxwell, que serviu na Coreia, comparou os norte-coreanos a “toupeiras”, animais conhecidos por cavar buracos e viver subterraneamente.
Essa rede de túneis inclui não apenas passagens para o deslocamento de Kim Jong-un e seus altos funcionários, mas também bunkers de liderança, artilharia, tropas e até bases subterrâneas com pistas para veículos.
Os Estados Unidos, cientes dessa estratégia norte-coreana, começaram a treinar seus militares nos últimos anos para operar em ambientes subterrâneos.
Essa abordagem subterrânea é uma característica única do regime de Kim, que utiliza os túneis não apenas para defesa, mas também como parte integrante de sua infraestrutura militar.
Além disso, desertores norte-coreanos revelaram que alguns desses túneis representam uma ameaça direta à Coreia do Sul, com descobertas de passagens subterrâneas, incluindo algumas sob a Zona Desmilitarizada.
Essas descobertas, feitas ao longo das décadas, revelam a complexidade e a extensão da rede de túneis utilizada pelo regime norte-coreano para diversos fins estratégicos.