O Twitter anunciou recentemente mudanças na distribuição dos selos azuis, que são marcas de seleção concedidas a pessoas notáveis e celebridades. Contas como a do Papa Francisco, da cantora Beyoncé e do fundador da Microsoft, Bill Gates, tiveram seus selos azuis retirados pela rede social. Além disso, o Twitter adotou uma nova medida de distribuição dos selos azuis para o bilionário Elon Musk, cobrando uma taxa mensal de US$ 8 como parte do plano de assinatura chamado “Twitter Blue”.
Outra novidade é o lançamento de um plano de assinatura anual, que a empresa afirma oferecer um desconto em relação aos valores cobrados na modalidade mensal. Com a limitação do selo azul a contas gratuitas, o Twitter passou a oferecer marcas de seleção em outros núcleos, como ouro para empresas e cinza para governo, órgãos e autoridades multilaterais. Por exemplo, o Papa Francisco acabou recebendo posteriormente a marca de verificação cinza na plataforma, assim como o perfil do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além das mudanças nos selos azuis, o Twitter também retirou os rótulos de “financiado pelo governo” e “afiliado do Estado da China” de contas de organizações globais de mídia, como a National Public Radio (NPR) dos Estados Unidos, a British Broadcasting Corp (BBC) e a Canadian Broadcasting Corporation (CBC). O rótulo de “Mídia afiliada ao Estado da China” também foi retirado das contas do Xinhua News e de jornalistas associados a publicações apoiadas pelo governo.
Outra mudança possível que pode ser integrada pelo Twitter é a exigência de selo de verificação para contas envolvidas em propagandas veiculares na rede social. Anunciantes menores foram comunicados recentemente sobre essa necessidade, que passa a ter validação imediata. A partir de agora, quem quiser divulgar sua marca na plataforma precisa ser assinante do Twitter Blue e verificar um número de telefone.
O Twitter justifica essas mudanças como uma maneira de “elevar a qualidade do conteúdo” e “melhorar a experiência de usuário e anunciante”. A empresa também afirma que faz parte dos “esforços contínuos para reduzir contas fraudulentas ou operadas por bots”. A mensagem enviada aos consultores em redes sociais destaca os benefícios de ser assinante do Twitter Blue, como o aumento no engajamento orgânico e o acesso a mais ferramentas de criação de conteúdo. Além disso, perfis que gastam pelo menos US$ 1.000, ou cerca de R$ 5.000, já possuem ou verificam em breve um selo dourado de verificação, o que elimina a necessidade de pagamento adicional.
No entanto, para contas de menores que desejem continuar anunciando, resta apenas a opção de assinatura do serviço, que custa R$ 42 no Brasil ou R$ 440 por um ano. A nova exigência ainda não aparece nas páginas de ajuda relacionadas ao serviço de publicação de anúncios, e não se sabe até quando contas não verificadas serão capazes de realizar campanhas de propaganda.