Grupo de orcas ataca embarcação de brasileiro em alto mar, quase causando seu naufrágio No início de junho, um veleiro de propriedade de Luis Eduardo Lima, um brasileiro que navegava de Lisboa para Ibiza, foi alvo de um ataque por um grupo de oito orcas.
O incidente ocorreu no estreito de Gibraltar, uma região que tem sido frequentemente palco de ataques de cetáceos a barcos, cujas motivações ainda não foram completamente compreendidas.
Enquanto filmava o acontecimento, Lima inicialmente acreditou que os animais estavam apenas brincando com sua embarcação desligada.
No entanto, rapidamente percebeu que seu iate era o alvo principal da investida. Em apenas 20 minutos, as orcas conseguiram danificar o leme do barco, interrompendo o ataque por um breve período.
No entanto, cerca de uma hora depois, elas retornaram para concluir o serviço, o que forçou Lima a lutar pela própria segurança e buscar ancoragem no porto mais próximo.
Ao retornar à costa, Lima compartilhou fotos dos danos sofridos pela embarcação. Ele suspeita que as orcas estavam utilizando seu iate como um campo de treinamento para ensinar seus filhotes a caçar e atacar.
Segundo suas observações, era possível notar a matriarca liderando o ataque ao leme, com o filhote ao seu lado, em uma aparente demonstração de educação e ensinamentos.
A líder do grupo, aparentemente chamada Gladis, tem sido responsável por coordenar os ataques desde 2020. Sob sua liderança, o grupo já causou dois naufrágios, além de danificar inúmeras outras embarcações.
Acredita-se que a escalada de violência possa ter sido desencadeada por um evento traumático envolvendo uma orca ferida por uma embarcação ou armadilha.
Alfredo López Fernandez, biólogo da Universidade de Aveiro, ressalta que as orcas estão agindo de forma intencional.
Embora a origem e a motivação desse comportamento ainda não sejam totalmente compreendidas, a hipótese de um comportamento defensivo baseado em trauma está ganhando força entre os especialistas.
Enquanto as orcas continuam a causar estragos no estreito de Gibraltar, os navegadores são aconselhados a permanecer vigilantes e evitar áreas conhecidas pela atividade desses cetáceos.
O mistério em torno do comportamento das orcas permanece sem solução.