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Tragédia em hospital carioca: Paciente perde a vida em meio a tumulto e violência

Uma confusão ocorrida no Hospital Francisco da Silva Teles, em Irajá, resultou na morte de uma paciente idosa e levou à prisão de um pai e sua filha. Funcionários do hospital detalharam os momentos de terror vividos durante o incidente, que incluiu depredação da unidade e agressões à médica responsável pelo plantão, identificada como Sandra Lúcia. A situação caótica levanta questões sobre a segurança nas instalações hospitalares e a falta de controle no acesso.

Segundo relatos dos funcionários, André Luiz do Nascimento Soares e Samara Kiffini do Nascimento Soares ficaram revoltados com a demora no atendimento e passaram a depredar as instalações do hospital. A médica Sandra Lúcia foi agredida, sendo jogada ao chão e sofrendo golpes, enquanto uma idosa na sala vermelha entrou em parada cardiorrespiratória e não pôde ser atendida devido à confusão.

Médica Sandra Lúcia após as agressões, Reprodução/TV Globo

As testemunhas descreveram o momento de pânico, onde o temor de serem agredidos ou até mesmo mortos os deixou em estado de choque. Somente um enfermeiro conseguiu proteger a médica agredida e afastá-la do tumulto. No entanto, a filha desse enfermeiro também se envolveu na briga, agravando ainda mais a situação. A polícia foi acionada, mas levou um tempo considerável para chegar ao local, prolongando o caos.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que André Luiz procurou o hospital com um pequeno corte no dedo da mão esquerda, por volta das 3h da madrugada, acompanhado por sua filha, Samara. No entanto, a unidade contava apenas com a médica Sandra Lúcia de plantão, sendo responsável por atender os diversos setores do hospital. Diante da demora no atendimento, pai e filha invadiram a área restrita e começaram a vandalizar as instalações.

Como resultado dessa trágica confusão, uma paciente idosa faleceu e André Luiz e Samara Kiffini foram presos. Eles enfrentarão acusações de homicídio doloso, lesão corporal, desacato e dano ao patrimônio público. O delegado responsável pelo caso destacou o caos causado pelos agressores, que resultou na morte da paciente e causou pânico entre os demais pacientes e profissionais de saúde.

A defesa do pai e da filha alega inocência e argumenta que está sendo atribuída a eles a responsabilidade por uma situação precária no atendimento hospitalar. A Secretaria Municipal de Saúde admitiu que o plantão noturno da unidade deveria contar com dois médicos, mas um deles não compareceu por motivos de saúde.

O incidente chama a atenção para a necessidade de garantir a segurança em hospitais e o controle adequado do acesso. Além disso, evidencia a importância de melhorias no sistema de saúde para evitar situações em que pacientes e seus familiares sintam-se desamparados e levados a atitudes extremas em busca de atendimento adequado.

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