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Aumento de 60% nas Queimadas na Amazônia Gera Disputa de Responsabilidades entre Governos

No mês de outubro de 2023, as queimadas na Amazônia atingiram um recorde, com um alarmante aumento de quase 60% em comparação ao mesmo período do ano anterior, registrando 22.061 focos de incêndio, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O estado do Amazonas teve seu pior cenário desde 1998, com 3.858 focos, enquanto o Pará atingiu o maior número desde 2008, com 11.378.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu as queimadas à seca, ventos e responsabilizou seu antecessor, Jair Bolsonaro.

No entanto, ao enfrentar números semelhantes durante seu governo, Lula continuou apontando o dedo para Bolsonaro, alegando desmatamento ocorrido na gestão anterior, sem apresentar evidências.

A disputa por culpados não ficou restrita aos partidos políticos, estendendo-se a governadores e prefeitos.

Enquanto municípios do Amazonas se acusam mutuamente pela nuvem de fumaça que afeta Manaus, o governo do Amazonas culpa o Pará, que registrou 5,3 mil focos de incêndio em uma semana.

O Ibama admitiu a falta de estrutura para combater as queimadas, destacando a necessidade de um planejamento mais eficaz.

Enquanto isso, o governo Lula, diante das críticas, busca cumprir promessas relacionadas ao meio ambiente, investindo R$ 628 milhões em ações federais contra a seca na região.

O Ministério do Meio Ambiente e o governo do Amazonas discutem medidas administrativas para punir produtores rurais acusados de contribuir para os incêndios.

A suspensão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) está em consideração, mas a implementação ainda não ocorreu, levando deputados a solicitarem explicações da ministra Marina Silva.

Enquanto artistas e ativistas de esquerda, que anteriormente criticavam o governo de Bolsonaro pelas queimadas, agora atribuem a situação ao fenômeno El Niño, o governo federal afirma uma queda de 22,3% no desmatamento entre agosto de 2022 e julho de 2023.

No entanto, persiste a disputa de responsabilidades, com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, mencionando um “passivo” do governo Bolsonaro.

Aparentemente, não há sinais de esforços do governo Lula em apresentar resultados positivos na área ambiental, pois as queimadas na Amazônia continuam a gerar controvérsias e questionamentos sobre as ações efetivas para combater esse problema recorrente.

 

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