A partir desta semana, a produção semanal das peças pré-moldadas de concreto, que serão utilizadas como barreiras no túnel do VLT no José Menino, será duplicada.
Essa medida tem como objetivo acelerar o progresso das obras, que visam restringir o acesso e a permanência de pessoas no local, eliminando os riscos existentes no túnel.
Conforme anunciado pelo secretário municipal de Serviços Públicos, Wagner Ramos, a empreiteira Ferreira Marques, vencedora da concorrência pública, aumentará a produção das peças às segundas e sextas-feiras, com uma média de 26 peças por dia.
Estima-se que os serviços sejam concluídos até meados do segundo semestre.
Até o momento, já foram instaladas 278 peças no interior do túnel, de um total de 710 previstas, de acordo com o titular da Seserp, responsável pela supervisão dos trabalhos.
As peças concretadas na segunda-feira serão desenformadas na sexta-feira, enquanto as produzidas na sexta-feira estarão prontas na quarta-feira seguinte.
Durante as madrugadas das terças, quartas e quintas-feiras, ocorre o transporte e a instalação das peças no túnel, aproveitando o período em que o VLT não está em operação, entre 0h30 e 4h30.
A arquiteta Marta Leite Flores, que acompanha diariamente a obra, informou que, após a desenformação, as peças são levadas para a área de transbordo e aguardam a transferência para o túnel por veículos da EMTU.
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), do Governo do Estado, é responsável pelo financiamento da implantação do VLT e pelas especificações da obra em andamento no túnel.
As peças pré-moldadas de concreto têm pesos que variam de 700 quilos a uma tonelada, dependendo do tipo, e a média de instalação semanal varia.
Inicialmente, eram instaladas 12 peças por semana, mas a empreiteira já conseguiu fixar 26 unidades em apenas três dias, dependendo das condições do local.
Em alguns casos, é necessário fazer ajustes nas paredes do túnel. O serviço será concluído com o encapsulamento das ferragens que fixam as peças.
O projeto do túnel do VLT tem 110 metros de extensão e receberá cinco conjuntos de peças que funcionarão como barreiras.
Serão instalados dois conjuntos nas laterais, junto às paredes do túnel, dois nos vãos de cada par de trilhos e o último, chamado de barreira de segurança New Jersey, entre as duas mãos de direção dos trens (sentidos Santos e São Vicente).
Cada barreira lateral junto à calota do túnel será composta por 220 peças pré-moldadas, com alturas de 1,96m e 2,51m, respectivamente.
Essas peças serão fechadas nas quatro pontas, duas em cada extremidade do túnel, para evitar o acesso de pedestres.
As 220 peças posicionadas entre os trilhos terão pontas e desníveis, dificultando a circulação de pessoas e impedindo o tráfego de bicicletas.
As outras 50 peças da barreira de segurança New Jersey, que isolarão as mãos de direção do VLT, terão formato piramidal.
A responsabilidade de solicitar apoio à Concessionária BR Mobilidade, responsável pela operação dos trens, para garantir suporte na instalação das barreiras assentadas pela empreiteira Ferreira Marques, cabe à EMTU.
Também é responsabilidade da EMTU solicitar o desligamento e aterramento da rede aérea na região durante as atividades de instalação das peças.
As obras de proteção representam um investimento de aproximadamente R$ 931.351,49, com recursos provenientes da Caixa Econômica Federal, por meio do Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento), destinado ao setor público dos municípios, estados e Distrito Federal.
