Na noite da última segunda-feira (28), um sombrio capítulo chocou a tranquilidade da elegante região do Brooklin, situada na zona sul de São Paulo.
Adão, um zeloso caseiro de 54 anos, cujas responsabilidades iam além de cuidar da imponente mansão na rua Joaquim Nabuco – um imóvel de requinte avaliado em R$ 2 milhões, estendendo-se também a guiar potenciais compradores pela suntuosa residência – teve sua vida interrompida de forma trágica.
A família do falecido estranhou o silêncio prolongado após dois dias sem notícias do trabalhador incansável.
Movidos pela preocupação, os parentes acionaram as autoridades competentes, que prontamente se dirigiram ao imóvel de dimensões imponentes.
A surpresa se instaurou quando se depararam com o local, desprovido de qualquer sinal de arrombamento, revelando um acesso inexplorado.
Ao cruzar os limites da mansão, o cenário dantesco se manifestou nos recônditos da propriedade: Adão, vítima de um destino trágico, jazia sem vida na edícula dos fundos da residência.
A brutalidade do ataque, evidenciada pelos 16 golpes fatais desferidos por instrumentos cortantes ou pedaços de madeira, deixava clara a natureza sórdida do ocorrido.
Os olhos das autoridades se voltaram para o veículo de Adão, o qual não escapou da teia de mistério.
Vestígios de sangue nele presentes e também no portão que guardava o acesso à propriedade traçaram uma narrativa sombria.
Esse rastro de sangue tornou-se a linha de partida para uma investigação incisiva, na busca por respostas que lançassem luz sobre as circunstâncias nebulosas do crime.
Registros de câmeras de segurança forneceram uma peça importante para o quebra-cabeças: um indivíduo misterioso foi flagrado abandonando o carro do caseiro a aproximadamente 500 metros da mansão.
Esse elo, porém, traz consigo mais perguntas do que respostas, adicionando camadas de complexidade a um enigma já intricado.
A busca por motivos que culminaram nesse cenário de horror levou as autoridades a considerar diversas linhas de raciocínio.
Enquanto a possibilidade de um roubo ficou em evidência devido à desordem nos armários de Adão, um detalhe intrigante acrescenta ambiguidade à trama: o objeto de maior valor, o próprio carro do caseiro, permaneceu intocado.