Em um desdobramento surpreendente, as autoridades da Polícia Civil lograram êxito na prisão de um homem de 30 anos nesta segunda-feira (28), suspeito de envolvimento no brutal homicídio de um investigador ocorrido em fevereiro de 2018.
O indivíduo, identificado como Flávio José Ramos Júnior, também conhecido pelo apelido “NK”, estava ligado a uma perigosa facção criminosa que opera em Santos.
A ação que resultou na captura de “NK” foi realizada pela Polícia Civil no bairro São Manoel, situado na Zona Noroeste da cidade. Além da detenção do suspeito, as autoridades apreenderam um rádio comunicador, uma arma de fogo e substâncias ilícitas na residência que ele ocupava.
Contudo, a prisão não ocorreu sem incidentes, pois “NK” empreendeu uma tentativa de fuga através de uma área de manguezal, culminando em um confronto armado com os agentes da lei, resultando em um ferimento à bala na perna do suspeito.
Posteriormente, ele foi socorrido no local e encaminhado para receber tratamento na Santa Casa de Santos.
O passado do indivíduo estava manchado por seu suposto envolvimento no assassinato do investigador João Ferreira de Moura Júnior, um trágico latrocínio ocorrido quando a vítima saía da residência de sua namorada no bairro Jabaquara.
Além disso, “NK” também foi identificado como um dos autores de um ataque a tiros com fuzil contra uma equipe da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) durante uma ronda pelo bairro São Manoel, em março do ano passado.
Após o homicídio do investigador, as investigações apontam que “NK” ascendeu na hierarquia da organização criminosa.
Ele supostamente estava encarregado do tráfico de drogas na região de Alemoa e exercia o papel de “disciplina”, responsável por tomar decisões finais dentro da facção.
O próximo passo em sua trajetória criminal é a audiência de custódia, que ocorrerá após sua recuperação hospitalar. Caso condenado, ele poderá enfrentar uma pena de até 20 anos de reclusão.
O delegado da Polícia, Fabiano Barbeiro, comentou sobre a operação: “Hoje nós realizamos diligências no município de Santos, com intuito de verificar um indivíduo suspeito do autor do crime de homicídio do policial civil da Baixada Santista.
Assim como outras operações, no âmbito da Operação Escudo, a gente sabe que existe o alto índice de criminalidade. Aqui na Baixada Santista temos atuado conjuntamente com diversas regiões, mas principalmente nesses dois municípios, que tem situações pontuais, ou grandes índices de criminalidade”.
A delegada de polícia assistente, Lígia Christina Vilella, enfatizou a importância de não esquecer os ataques contra os agentes de segurança: “Desde 2018, estávamos em busca do NK e tivemos uma tentativa não bem sucedida para capturá-lo em 2021. Inclusive, tivemos uma fuga do suspeito.
Hoje, os policiais que investigaram o caso estão na Delegacia Seccional de Santos, e nunca se desistiu. Junior era um policial muito querido e sempre se percorreu atrás dos autores de sua morte.
Com essa informação, os investigadores do 5 DP conseguiram ter a localização do suspeito, houve uma integração com o DEIC, e foi dado o cumprimento do mandado de busca e apreensão. Com muita felicidade se faz justiça ao policial Junior”.