O estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma terrível tragédia, à medida que os números sombrios continuam a surgir após a passagem de um ciclone extratropical devastador.
O governo estadual confirmou na última quinta-feira (7) que o número de mortos já atingiu a marca angustiante de 41 pessoas, enquanto 25 indivíduos permanecem desaparecidos, lançando uma sombra de incerteza sobre as comunidades afetadas.
Dentre as localidades mais afetadas, a cidade de Muçum registrou 15 óbitos, seguida por Roca Sales, com dez vidas perdidas.
Cruzeiro do Sul enfrenta uma contagem dolorosa de quatro mortes, enquanto Lajeado, Ibiraiaras, Estrela e outras cidades também choram a perda de seus entes queridos, com um total de 83 vidas perdidas em toda a região.
As enchentes resultaram em um contingente de 2.944 desabrigados e 7.607 desalojados, cujas vidas foram dramaticamente interrompidas pela força devastadora das águas.
No total, 122.992 gaúchos foram impactados de alguma forma por chuvas torrenciais desencadeadas por esse ciclone implacável, enquanto o número de municípios afetados disparou para 83.
O governo federal reconheceu a situação calamitosa ao decretar estado de calamidade pública em 79 cidades, revelando a magnitude do desastre.
As rodovias, vitais para a mobilidade na região, enfrentam bloqueios totais ou parciais em pelo menos 16 pontos devido às chuvas intensas, conforme informou o governo estadual. Além disso, duas pontes cruciais foram destruídas:
uma na ERS-448, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, e outra na ERS-431, em Bento Gonçalves, limitando-se a São Valentim do Sul.
As águas transbordadas inundaram várias pistas, tornando o transporte terrestre um desafio em meio ao caos.
Num esforço heróico de resgate, a Marinha do Brasil entrou em ação, prestando assistência a pessoas ilhadas nos telhados de casas e edifícios.
Além do resgate, as embarcações também estão transportando suprimentos essenciais e material de apoio para socorrer as vítimas desse desastre devastador.