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O julgamento do assassino responsável pela morte do campeão de jiu-jitsu, Thaynã Higor, de 25 anos, e do idoso Walter Ramos Filho, de 67 anos, em um restaurante na cidade de Praia Grande, teve início nesta sexta-feira.
Maurício Souza Alves, o atirador em questão, está enfrentando a justiça pelo brutal duplo homicídio, ocorrido em outubro do ano passado, quando ceifou a vida de duas pessoas em um estabelecimento gastronômico japonês na Avenida Marechal Mallet, no bairro Canto do Forte.
Os fatos que chocaram a comunidade local têm sido minuciosamente revistos durante o julgamento, que teve início às 9 horas na sede do Ministério Público. Thaynã Higor, de renome internacional no jiu-jitsu e tricampeão mundial pela Confederação Brasileira Paradesportiva de Jiu-Jitsu (CBPJ), foi alvejado com dois disparos à queima-roupa enquanto estava na calçada em frente ao restaurante.
Testemunhas relataram que um grupo de pessoas tentou prestar socorro, mas Maurício Souza Alves as afastou de forma violenta.
O atirador não cessou sua onda de violência, adentrando o estabelecimento e disparando covardemente nas costas de Walter Ramos Filho.
Segundo informações da Polícia Militar, ao chegarem ao local, os policiais surpreenderam Maurício tentando roubar uma motocicleta e foram recebidos com tiros.
Após o atirador empreender fuga, ele buscou refúgio em uma pizzaria próxima, onde fez uma criança e um idoso reféns.
As autoridades tentaram negociar a rendição do criminoso para garantir a segurança das vítimas e, ao se aproximarem, perceberam que a arma do atirador estava sem munição.
O atirador, que já tinha um mandado de prisão em seu nome, foi imobilizado e detido, sendo posteriormente encaminhado à Central de Polícia Judiciária.
As vítimas desse hediondo crime também merecem ser lembradas.
Thaynã Higor, aos 25 anos, ostentava um currículo impressionante no jiu-jitsu, sendo tricampeão brasileiro e mundial pela CBPJ. Suas conquistas internacionais incluíam o bicampeonato do Abu Dhabi World Festival Parajiu Jitsu, nos Emirados Árabes Unidos.
Sua jornada no esporte, iniciada em 2010, enfrentou obstáculos devido a uma lesão no plexo braquial decorrente de erro médico durante seu nascimento, o que limitava os movimentos e a destreza de seu braço esquerdo.
Thaynã era apoiado pela Prefeitura de Guarujá.
Walter Ramos Filho, de 67 anos, um morador local, teve sua vida interrompida tragicamente após ser baleado logo após Thaynã.
Apesar dos esforços médicos, Walter sucumbiu às feridas e faleceu na madrugada seguinte no Hospital Irmã Dulce. Suas memórias permanecem vivas na comunidade que ele fazia parte.
