Um estudo recente descobriu uma possível solução para o diagnóstico da doença de Parkinson. Essa doença é a segunda mais comum entre as neurodegenerativas, afetando mais de 8,5 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A pesquisa, publicada na revista Lancet Neurology, confirmou que um tipo específico de proteína se acumula no cérebro da maioria dos pacientes com Parkinson. Essa proteína é conhecida como alfa-sinucleína, e é encontrada em aglomerados mal dobrados no cérebro dos pacientes.
Atualmente, não há cura ou forma de teste para a doença de Parkinson, e o diagnóstico é feito apenas quando os sintomas aparecem. No entanto, a nova técnica chamada alphaSyn-SAA pode apontar um caminho para testar a doença.
O estudo, que envolveu mais de 1.100 participantes, mostrou que a técnica retornou positiva para 88% dos pacientes previamente diagnosticados com Parkinson.
A técnica foi menos bem-sucedida para pacientes portadores de uma variante genética conhecida como LRRK2 associada a certas formas da doença, identificando apenas 68% dos pacientes diagnosticados.
Embora um teste simples para diagnosticar a doença de Parkinson ainda esteja longe, a descoberta pode ter implicações profundas para a forma como tratamos a condição, tornando potencialmente possível diagnosticar as pessoas mais cedo.
A técnica também estabelece as bases para um diagnóstico biológico da doença de Parkinson e é um nova mudança nos diagnósticos, pesquisas e ensaios de tratamento da doença.