Cientistas Alertam para Possível Colapso das Correntes Oceânicas até 2060

Um estudo científico recente, realizado por pesquisador da renomada Universidade de Copenhagen (KU) na Dinamarca, trouxe à tona uma previsão preocupante. De acordo com essa pesquisa, importantes correntes oceânicas do Oceano Atlântico, que desempenham um papel vital na redistribuição de calor, frio e chuvas entre os trópicos e o Hemisfério Norte, podem entrar em colapso até o ano 2060. A causa apontada pelos especialistas é o aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.

A navegação marítima em questão é conhecida como Circulação Termoalina, ou Circulação Meridional do Atlântico (AMOC), e desempenhando um papel crucial no equilíbrio equilibrado global. Popularmente apelidada de “esteira transportadora do oceano”, a AMOC é responsável por transportar águas quentes dos trópicos para o norte do Atlântico e trazer de volta águas mais frias.

Os pesquisadores da KU questionaram os prognósticos emitidos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que consideraram o colapso total da AMOC influenciado neste século. Para tal, a equipe utilizou novas ferramentas estatísticas e dados de temperatura oceânica coletados ao longo dos últimos 150 anos.

Os resultados do estudo apontam para uma probabilidade de 95% de que a Circulação Termoalina entre em colapso em algum momento entre 2025 e 2095. Essa descoberta representa um alerta significativo para a comunidade científica e líderes mundiais, pois as consequências de um colapso dessa magnitude podem ser devastadoras para o clima global.

Segundo Peter Ditlevsen, professor da KU e primeiro autor do artigo, o desligamento da AMOC pode ter mudanças significativas no clima da Terra, afetando a distribuição de calor e coleta em diferentes regiões do globo. Embora algumas regiões da Europa possam experimentar resfriamento devido ao colapso da corrente, como áreas tropicais podem enfrentar um aumento drástico das temperaturas, com efeitos catastróficos na qualidade de vida e na segurança alimentar.

Ainda que saltos inesperados entre uma AMOC funcional e um estado colapsado já tenham ocorrido 25 vezes no passado, é importante destacar que a circulação termoalina só passou a ser monitorada diretamente a partir de 2004. Esse período é considerado relativamente curto quando levamos em conta a longa trajetória dessa corrente, que remonta à última era glacial.

Para elaborar suas previsões, os pesquisadores analisaram as temperaturas da superfície do mar em uma área específica do Atlântico Norte, desde o ano de 1870 até os dias atuais. Esse novo método permitiu aos cientistas fornecer uma estimativa mais robusta sobre a probabilidade de ocorrer um colapso na Circulação Termoalina, mostrando a experimentar em relação a esse fenômeno importante.

A professora Susanne Ditlevsen, coautora do estudo e especialista em Ciências Matemáticas na KU, destaca que essa pesquisa não apenas determina se uma transição crítica adotada, mas também fornece uma estimativa mais precisa de quando isso provavelmente acontecerá. Os resultados do estudo apontam para indicadores claros de um colapso iminente, o que exige uma atenção urgente por parte da comunidade científica e das lideranças globais.

Essa pesquisa enfatiza a importância de intensificar os esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater as mudanças climáticas. A ciência é clara: o colapso da Circulação Termoalina pode ter consequências dramáticas e irreversíveis para o nosso planeta e para as futuras gerações. É chegada a hora de ações controladas e colaborativas em escala global para evitar um cenário climático catastrófico. O tempo urge, e o futuro do nosso planeta está em jogo.

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