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A Velhice dos Cães e a Conexão entre Velocidade de Caminhada e Demência

A velhice é uma fase desenvolvida da vida, não apenas para os seres humanos, mas também para os nossos queridos companheiros caninos. Assim como os anos passam para nós, eles também chegam aos cães, trazendo mudanças físicas e cognitivas que merecem nossa atenção. Recentemente, pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte fizeram uma descoberta intrigante sobre a relação entre a velocidade de caminhada dos cães idosos e a demência canina. Vamos explorar essa pesquisa inovadora e seu impacto potencial na saúde dos nossos amigos de quatro patas.

Os Anos Dourados dos Cães

Para os cães, a velhice é uma realidade que começa a se manifestar por volta dos 6 a 10 anos, dependendo do tamanho da raça. Os cães pequenos costumam entrar na terceira idade entre 7 e 10 anos, enquanto os de raças maiores podem começar por volta dos 6 anos. Conforme o tempo avança, muitos cães começam a mostrar sinais de envelhecimento, como o surgimento dos brancos, diminuição de energia e, infelizmente, problemas cognitivos.

Marcadores de Demência Canina

A demência canina é um problema delicado que afeta a qualidade de vida dos cães idosos. Os sintomas incluem sintomas perambulantes sem rumores, ficar preso em cantos da casa e mudanças comportamentais notáveis. Uma pesquisa publicada em junho de 2023 na revista “Frontiers in Veterinary Science” pela NC State trouxe à luz uma observação interessante: a velocidade de caminhada de cães idosos pode estar diretamente ligada à saúde de seus cérebros.

Natasha Olby, autora do estudo, explica que estudos em humanos já demonstraram uma forte associação entre a velocidade de caminhada e o declínio cognitivo. Os pesquisadores então se perguntaram se o mesmo princípio poderia ser aplicado aos cães.

Medindo a Velocidade Canina

Medir a velocidade de caminhada em cães apresentou desafios únicos. Os cães geralmente dependem da velocidade de seus condutores quando estão na coleira, o que torna a medição imprecisa. Para contornar esse problema, os pesquisadores realizaram testes de velocidade com e sem coleira.

Surpreendentemente, o tamanho da raça não se mostrou um fator determinante na velocidade entre os cães mais velhos. Mesmo os cães idosos, que estavam nos últimos 25% de sua expectativa de vida, eram mais lentos do que os cães adultos, independentemente do porte. Esse declínio na velocidade de caminhada nos cães mais velhos reflete um padrão semelhante ao observado em seres humanos, onde a velocidade de caminhada permanece relativamente consistente antes de diminuir à medida que a última fase da vida se aproxima.

A Conexão Profunda entre Mobilidade e Cognição

Natasha Olby e sua equipe enfatizaram a conexão profunda entre mobilidade e cognição, ambos marcadores essenciais do envelhecimento funcional. A mobilidade é fortemente influenciada pelo sistema nervoso, que processa informações sensoriais e controla a produção motora. Portanto, a mobilidade e a cognição estão intrinsecamente interligadas. A mobilidade reduzida leva a uma redução na entrada de informações no sistema nervoso, estabelecendo uma ligação evidente entre a velocidade de caminhada e a demência canina.

Perspectivas Futuras

Essas descobertas têm implicações para a saúde dos cães idosos. Os veterinários podem utilizar esses dados para desenvolver novos testes de triagem que auxiliem na identificação precoce da demência canina. Por meio do diagnóstico precoce, os profissionais veterinários poderão fornecer cuidados mais específicos e personalizados para nossos amigos de quatro patas em seus anos dourados.

Em resumo, uma pesquisa da NC State ressalta a importância de monitorar a saúde cognitiva dos cães à medida que envelhecem e como a velocidade de caminhada pode ser um indicador valioso. Cuidar de nossos companheiros animais na velhice requer atenção não apenas aos aspectos físicos, mas também aos mentais, garantindo que eles desfrutem de uma vida feliz e saudável até o fim de seus dias.

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