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Infância de Anne Frank antes do holocausto é contada em livro

Todos conhecem Anne como a menina judia que registrou em seu diário os momentos angustiantes vividos por sua família durante o período em que se esconderam dos nazistas. Seu diário, encontrado após sua morte, foi publicado como o famoso livro “Diário de Anne Frank” em 1947. No entanto, agora temos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida de Anne antes de se tornar reclusa, através do livro” My Friend Anne Frank”, escrito por Hannah Pick-Goslar, sua melhor amiga de infância.

Anne e Hannah se conheceram na época em que as famílias Frank e Goslar se refugiaram na Holanda, fugindo da Alemanha nazista. As duas meninas frequentaram a escola juntas e criaram uma conexão profunda. Hannah nos presenteia com detalhes dessa convivência, lembrando do primeiro dia de aula em que visitou Anne, reconhecendo-a como a garota que tinha visto no mercado do bairro. O abraço que trocaram naquele momento fortaleceu a amizade que viria a ser fundamental na vida de ambos.

Hannah descreve Anne como uma menina de personalidade forte e cativante. Sua aparência frágil contrastava com sua grande personalidade. Anne era uma líder nata, sempre iniciando jogos e liderando outras crianças. Ela também tinha uma sede de conhecimento impressionante e não hesitava em fazer perguntas aos adultos. A forma como Anne cirurgia com tantas perguntas permitiu Hannah maravilhada.

À medida que a amizade se fortaleceu, Anne e Hannah descobriram que além de colegas de classe, eram vizinhas. Elas passaram a frequentar a casa uma da outra e caminhar juntas até a escola todos os dias. Essa convivência permite que elas aprendam as primeiras palavras em holandês e compartilhem memórias de suas vidas passadas na Alemanha.

No entanto, conforme o tempo passado, elas acreditaram a testemunhar as crueldades do nazismo em sua cidade. Um dia, depararam-se com uma placa na frente de uma piscina pública com a inscrição “Juden Zutritt Verboten” (Proibida a entrada de judeus). Pouco tempo depois, os nazistas im aceitaram as Leis de Nuremberg, que retiraram a cidadania judaica e oficializaram a rejeição contra os judeus.

Em julho de 1942, a família Frank se exilou em um esconderijo, onde viveram por dois anos, recebendo ajuda de amigos que doavam mantimentos. Hannah lembra com carinho do último aniversário de Anne, comemorado antes de seu desaparecimento. Anne era uma menina que amou seu aniversário e compartilhou sua alegria com todos ao seu redor.

A tristeza tomou conta de Hannah quando, ao visitar a casa de Anne para pegar uma balança facilitada, descobriu que a família havia desaparecido. Um vizinho informou que os Frank haviam se mudado para a Suíça, mas, na verdade, estavam escondidos no sótão. Infelizmente, em 4 de agosto de 1944, a Gestapo descobriu o esconderijo e todos foram presos. Apenas o pai de Anne, Otto Frank, sobreviveu aos campos de concentração e, mais tarde, publicou o diário de sua filha.

O livro “My Friend Anne Frank” traz à luz essa relação especial entre Anne e Hannah, revelando detalhes preciosos de uma amizade que resistiu às adversidades mais difíceis. A obra nos permite compreender ainda mais a importância do diário de Anne Frank, que se tornou um testemunho poderoso do Holocausto e uma lição para as gerações futuras.

À medida que nos aproximamos do lançamento deste livro, convido todos vocês a refletirem sobre a importância de manter viva a memória daqueles que sofreram durante o Holocausto. Por trás de cada nome registrado, há uma história única e valiosa. Que possamos aprender com essas experiências e trabalhar juntos para que atrocidades como essas nunca mais ocorram.

A vida de Anne Frank antes do Holocausto é um capítulo importante a ser revelado, e sou grato a Hannah Pick-Goslar por compartilhar conosco sua amizade e memórias de uma infância marcada pela sombra da guerra. Certamente, essa obra tocará os corações de muitos leitores e nos lembrará da importância de proteger e proteger a liberdade, a tolerância e a diversidade em nossas sociedades.

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