A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (ARSESP) autorizou um reajuste de 9,56% na tarifa da Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a partir desta segunda-feira (10). A decisão foi anunciada pela própria Sabesp na semana passada e as novas tarifas já estão em vigor.
A Sabesp explicou que o reajuste foi resultado da soma de vários fatores, como o IPCA, o fator de eficiência, o índice geral de qualidade, o resultado da revisão tarifária extraordinária e o ajuste compensatório referente a 2021. Mesmo com o aumento, a Sabesp ainda é uma das empresas de saneamento básico com melhor desempenho no país.
Vale lembrar que a Sabesp está na mira do governador Tarcísio de Freitas, que autorizou estudos para a privatização da empresa em fevereiro. O governador anunciou que poderia concluir a venda da Sabesp até 2024, seguindo um modelo similar ao da Eletrobras. Com a privatização, a Sabesp perderia o controle do Estado e passaria para as mãos do setor privado.
Atualmente, o estado de São Paulo controla 50,3% do capital social da Sabesp. A ideia seria transformar as ações preferenciais em ordinárias, aquelas que dão direito a voto. Com mais ações ordinárias no mercado, o controle do Estado sobre a empresa automaticamente cairia.
Apesar disso, é importante ressaltar que a Sabesp é uma das empresas mais importantes do país, responsável pelo saneamento básico de grande parte do estado de São Paulo. Segundo dados do Instituto Trata Brasil, o estado de São Paulo conta com 98,5% de atendimento de água e 94% de atendimento de esgoto, porém o índice de esgoto tratado em comparação com a água consumida ainda é baixo, de 55,4%.
Com o reajuste na tarifa, a Sabesp deve ter recursos para investir em melhorias nos serviços de saneamento básico. Resta aguardar como será o desenrolar do processo de privatização da empresa nos próximos anos e como isso afetará os usuários do serviço de água e esgoto.