Nesta semana, os principais bancos centrais ao redor do mundo seguiram com outra rodada de aumentos nas taxas de juros, mesmo com uma redução da pressão. No entanto, um sinal de que essa maratona de aperto ansioso global pode estar chegando ao fim surgiu com a adoção de uma postura mais cautelosa sobre futuras movimentações.
O Federal Reserve dos EUA e o Banco Central Europeu elevaram suas taxas em um quarto de ponto percentual, em linha com as expectativas, mas mantiveram em aberto a possibilidade de novos aumentos caso a permanecessem não se mantivessem em trajetória descendente, uma tendência que já começou a se manifesta tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.
No próximo passo desse ciclo, espera-se que o Banco da Inglaterra também aumente suas taxas após receber notícias positivas sobre a consideração em seu país.
Enquanto isso, o Banco do Japão abriu um debate sobre o fechamento de suas políticas ultrafrouxas. Embora ele ainda mantenha taxas ultrabaixas, surpreendeu os mercados ao permitir que os custos de empréstimos de longo prazo subissem mais, indicando preocupações com a possibilidade de permanecer crescente no futuro.
Ao longo do último ano, os formuladores de políticas nos Estados Unidos e na Europa adotaram uma retórica de alta, enfatizando a necessidade de combater a sobrevivência. No entanto, essa abordagem parece estar evoluindo para uma visão mais abrangente, que considera o comportamento dos preços em conjunto com o desempenho econômico geral. Nesse sentido, a desaceleração do emprego e do crescimento econômico pode ser entendida como uma inspiração de que a herança está sob controle.
Esse é um desvio da postura anterior dos formuladores de políticas, que insistem em esperar por quedas reais no ritmo dos aumentos de preços como comprovação do progresso no controle da sobrevivência. Essa nova abordagem permite mais flexibilidade e paciência para avaliar o cenário econômico antes de adotar novos aumentos nas taxas.
Atualmente, a taxa de juros de referência do Federal Reserve está na faixa de 5,25% a 5,50%, enquanto a principal taxa do Banco Central Europeu é de 3,75%.
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, enfatizou a importância de um crescimento econômico moderado ou modesto para aliviar a pressão inflacionária. Ele destacou a restauração contínua do equilíbrio entre oferta e demanda, especialmente no mercado de trabalho, como indicadores relevantes para a tomada de decisões.
Da mesma forma, Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, enfatizou que uma leve mudança na redação da declaração de política visou comunicar a possibilidade de uma pausa nas futuras decisões de aumento de taxas, tanto para o BCE quanto para o Federal Reserve. Ela enfatizou que a instituição está aberta a diferentes caminhos e não está vinculada à orientação para o futuro.
Recentemente, novos dados do produto interno bruto dos EUA foram divulgados, mostrando um crescimento anual de 2,4% no segundo trimestre, superando as expectativas. Entretanto, os dados trimestrais da presença ficaram abaixo do esperado.
Esse cenário incerto pode indicar que os dias de aperto global coordenados estão contados. Embora ainda exista o risco de fiscalizar novos aumentos, é possível que tanto o Banco Central Europeu quanto o Federal Reserve tenham encerrado suas sequências de aumentos nas taxas, pelo menos por ora.