Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (7), os analistas consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) mantiveram suas projeções para a alta da inflação em 4,84% neste ano.
Embora essa expectativa seja ligeiramente menor, a análise revela uma preocupação contínua, já que a inflação oficial permanecerá, pelo terceiro ano consecutivo, acima do teto da meta estabelecida pelo governo para o período, que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (variando de 1,75% a 4,75%). A projeção atual está a menos de 0,1 ponto percentual do limite estabelecido.
O Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no início deste mês, apontou que a probabilidade de a alta da inflação ultrapassar novamente o teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN) caiu de 83% para 61%.
Para o mês de julho, espera-se que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresente uma alta de 0,08%, conforme previsão a ser revelada na próxima sexta-feira (11).
Essa taxa representará um ganho de força em relação à deflação registrada em junho. Já para os meses de agosto e setembro, as projeções indicam altas de 0,29% e 0,28% no índice oficial de preços, respectivamente.
Enquanto isso, as expectativas para o índice do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram uma leve queda, passando de 3,89% para 3,88%.
Quanto aos anos de 2025 e 2026, as projeções se mantêm em 3,5% para ambos os anos.
Essas novas projeções também tiveram impacto nas apostas para a cotação do dólar, que apresentou uma queda pela terceira semana consecutiva, passando de R$ 4,91 para R$ 4,90.
No entanto, os preços administrados, como energia, combustíveis e planos de saúde, enfrentam uma realidade diferente, com a projeção aumentando pela segunda vez e prevendo uma alta de 8,91% ao longo deste ano.