James Gunn encerra sua trilogia no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) com Guardiões da Galáxia vol. 3, e o faz com plena liberdade de errar, acertar, exagerar e mexer com o coração dos fãs.
Gunn usa sua liberdade para comover o público, e o faz de maneira intensa. Porém, em alguns momentos, ele toma atalhos que causam certo incômodo, como tramas que são apresentadas e abandonadas rapidamente, personagens importantes que são deixados de lado e algumas conveniências excessivas de roteiro. Peter Quill (Chris Pratt) e Adam Warlock (Will Poulter) são as principais vítimas dessa pressa. Quill começa o filme com seu desgaste emocional em exposição, mas Gunn rapidamente o transforma em sua persona falastrona. Já Warlock parece ser apenas um capricho do cineasta.
Apesar disso, o filme joga seguro no fim da trilogia, entregando uma história não tão épica como Vingadores: Ultimato, mas que mantém o estilo único e imprevisível de Guardiões da Galáxia. E a extravagância de Gunn é um ponto alto, já que o diretor brinca com os limites da classificação indicativa PG-13 e enche a tela com desmembramentos, corpos queimados e violência em níveis absurdos.
Mas o coração do filme é a dinâmica entre os personagens. Gunn reforça o quanto esses desajustados se amam e se complementam, seja em diálogos expositivos ou pequenas referências. E é através dessas dinâmicas que o espectador se sente parte dessa família disfuncional. As relações entre os Guardiões são essenciais para o apelo emocional do filme, e são elas que mantêm o público conectado.
Em resumo, Guardiões da Galáxia vol. 3 é uma conclusão emocionante e extravagante para a trilogia de James Gunn no MCU. Apesar de algumas falhas de roteiro, o filme mantém o estilo imprevisível e único da franquia, enquanto explora a dinâmica entre os personagens de maneira profunda e emocionante. Se você é fã dos Guardiões da Galáxia, este filme é imperdível.
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